O ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato à presidência, Donald Trump, anunciou na última segunda-feira (23) que, caso seja reeleito, pretende impor tarifas de até 200% sobre carros importados do México para os EUA.
A declaração foi feita em um comício em Savannah, onde Trump destacou que as taxas poderão variar entre 100% e 200%, dependendo da situação. Porém o republicano também comentou que "aqueles que fabricarem produtos no EUA" terão imposto corporativo reduzido de 21% para 15%.
Segundo Trump, a medida busca incentivar as montadoras a manterem suas fábricas em solo americano, citando estados como Michigan, centro-oeste dos EUA, como exemplo. "Quero que montadoras alemãs se tornem montadoras americanas. Quero que construam suas fábricas aqui", disse Trump.
Porém, montadoras como Volkswagen, RAM, Jeep, GM, Ford, entre outras, possuem fábricas no México e exportam veículos para o mercado norte-americano. Com a imposição das novas tarifas, o custo desses veículos aumentaria muito.
Por exemplo, o Volkswagen Jetta, feito na fábrica de Puebla, tem preços iniciais de US$ 21.995 (cerca de R$ 120 mil). Com uma alíquota de 200%, o sedã teria seu preço elevado para US$ 65.985 (R$ 361 mil).
Atualmente, o México é o maior parceiro comercial dos Estados Unidos no setor automotivo. Trump defendeu que a reativação de instalações nos EUA seria a solução mais viável para evitar o impacto negativo das tarifas sobre os preços dos veículos.
Além disso, o presidente Joe Biden anunciou recentemente que já está preparando uma medida semelhante, porém para contra os carros elétricos fabricados na China.
A partir de 27 de setembro deste ano, esses veículos enfrentarão uma tarifa de 100%, ou seja, terão as taxas dobradas, visando proteger a indústria automotiva local, que tem sido prejudicada pela competição com os baixos preços dos produtos chineses.
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