A Volvo e outras 49 empresas assinaram um documento que pede à União Europeia (UE) a manutenção do prazo do encerramento da venda de carros zero-quilômetro movidos a gasolina ou diesel até 2035. A informação foi confirmada pela agência Bloomberg nesta quinta-feira (3).
No entendimento dos representantes das 50 empresas, as montadoras precisam respeitar a decisão do Parlamento Europeu para garantir a emissão zero de gases poluentes na atmosfera e, desta forma, frear as mudanças climáticas.
"A eletrificação é a maior ação que nosso setor pode tomar para reduzir sua pegada de carbono", disse o CEO da Volvo, Jim Rowan. Entre as montadoras de automóveis, a Rivian, marca estadunidense que fabrica apenas utilitários elétricos, também assinou a declaração.
Segundo a agência de notícias, outras montadoras de carros foram procuradas, mas preferiram não endossar o coro pelo fim dos veículos a combustão até 2035. O documento, porém, foi assinado por outras gigantes empresas de outros ramos, como Uber e Ikea.
O que o Parlamento Europeu decidiu?
Em 2023, a Comissão Europeia definiu que, a partir de 2035, as montadoras deixem de vender carros que gerem emissões nocivas. Aprovado com 340 votos a favor, 279 contra e 21 abstenções, o projeto também estabelece metas intermediárias - uma delas é reduzir as emissões de CO2 em 55% até o ano de 2030.
No entendimento do relator do projeto, o parlamentar Jan Huitema, a medida pode tornar o mercado de carros elétricos mais acessível. "Comprar e dirigir carros com emissão zero ficará mais barato para os consumidores e um mercado de segunda-mão surgirá mais rapidamente. Torna a condução sustentável acessível a todos", disse.
Além disso, a expectativa é que, com a proibição na Europa, outros continentes também sofram com os benefícios da medida. Isto porque as principais montadoras estão sediadas no Velho Continente e passariam a abastecer os outros mercados com veículos elétricos.
Acompanhe o VRUM também no YouTube e no Dailymotion!