Apesar de ser vendido pela Apple, o iPhone, um dos principais aparelhos celulares do mundo, é fabricado por diversas empresas ao redor do mundo, sendo a principal delas a Foxconn, que está investindo em carros elétricos.
A aventura da Foxconn nos carros elétricos não é novidade, mas sempre ocupou uma posição de fabricante terceirizada, ou seja, quando alguma marca precisava de uma fábrica, utilizava as estruturas da empresa de Taiwan. Algo similar ao que a Nordex faz no Uruguai com Kia Bongo e Fiat Titano, e a austríaca Magna Steyr faz com Mercedes-Benz Classe G, Toyota Supra e BMW Z4.
Em um evento na Ásia, a Foxconn apresentou seu novo portfólio de veículos comercializados sob a marca “Foxtron”: Model C, Model D e Model U, uma estratégia que lembra a utilizada pela Tesla e também por fabricantes alemãs.
O Model C não é novidade, mas apareceu com visual renovado. Entretanto, o que mais chamou atenção é que a Foxconn afirma que o modelo mostrado é a “variante norte-americana” criada em cooperação com parceiros americanos.
A expectativa da marca é que o modelo entre em produção somente no fim de 2025, e as exportações para os EUA ainda não tiveram datas específicas.
Mercado americano quer evitar entrada de marcas asiáticas
Com a expansão das marcas asiáticas como BYD, GWM, entre outras, os Estados Unidos estuda formas de barrar, ou ao menos frear momentâneamente o ímpeto dessas marcas. Mesmo com impostos de importação, alguns casos de carros chineses seriam mais acessíveis que modelos americanos.
Fabricação americana pode ser a solução
A Foxconn já possui uma fábrica nos Estados Unidos, adquirida em 2022, a estrutura originalmente foi construída pela General Motors em 1966 e chegou a produzir Equinox e Cruze, antes de ser fechada em 2019. Entre 2019 e 2022, a proprietária da fábrica foi a Lordstown Motors, empresa que tentou entrar no segmento de picapes elétricas, mas declarou falência ano passado e desde então a fábrica pertence à Foxconn.
Essa pode ser a principal forma de fazer os carros da Foxtron se tornarem atrativos para o público norte-americano, que já tende a ver os modelos chineses como uma alternativa interessante, mas muito por conta do preço reduzido praticado em outros mercados.
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