A Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, anunciou a realização de um contrato de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 500 milhões. O objetivo do acordo é fomentar o desenvolvimento e a produção de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), frequentemente referidas como "carros voadores", na cidade de Taubaté, São Paulo. A colaboração visa apoiar a inovação no setor de mobilidade aérea urbana (UAM) e promover a descarbonização na aviação.
Expansão da Fábrica de eVTOL
A fábrica a ser instalada em Taubaté será a primeira da América Latina dedicada à produção de eVTOLs alimentados por fontes de energia renováveis. Segundo Johann Bordais, CEO da Eve, o financiamento é crucial para a construção da unidade fabril, que marcará um passo significativo na mudança para formas mais sustentáveis de transporte aéreo. A expectativa é de que a instalação seja um marco na reimaginação da mobilidade urbana eficiente e amiga do ambiente.
Crescimento Modular da Produção
Com uma projeção de produção anual de até 480 aeronaves, a estratégia da Eve é desenvolver a fábrica de forma modular. O plano é aumentar gradualmente a capacidade de produção, dividida em quatro fases de 120 unidades cada. Isso permitirá um crescimento sustentável e controlado, alinhado à demanda do mercado de UAM, garantindo disciplina e otimização do capital investido.
Compromisso com a Inovação e Sustentabilidade
O acordo faz parte do programa BNDES Mais Inovação, que visa apoiar projetos que inovam em setores estratégicos. A iniciativa do BNDES reforça seu compromisso com a inovação tecnológica e o avanço de soluções de transporte ambientalmente responsáveis. A Eve, por sua vez, já havia firmado, em 2022, uma linha de crédito de R$ 490 milhões com o banco para o desenvolvimento inicial de seus veículos elétricos aéreos.
Projeções e Perspectivas de Mercado
Com o maior backlog do setor, a Eve detém cartas de intenção de compra para 2.900 eVTOLs de 30 clientes em 13 países. Essas encomendas têm o potencial de gerar uma receita de US$ 14,5 bilhões. A expectativa é que o desenvolvimento de infraestruturas como vertiportos em localidades estratégicas se acelere, facilitando a integração das aeronaves elétricas na malha urbana e revolucionando o transporte pessoal e comercial nos próximos anos.
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