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Dólar alto, petróleo mais caro, quanto o combustível irá custar?

Alta do dólar e preço do petróleo pressionam combustíveis no Brasil

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Dólar alto, petróleo mais caro, quanto o combustível irá custar?
Dólar alto, petróleo mais caro, quanto o combustível irá custar? Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press

Nesta terça-feira (29), o dólar fechou em R$ 5,76, alcançando o maior valor em três anos e registrando uma alta de quase 1% no dia. O cenário de câmbio pressionado se espalha diretamente sobre os preços de combustíveis, com a gasolina já mostrando um leve aumento de 0,3% na semana entre 20 e 26 de outubro, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Os preços médios da gasolina e do diesel nos postos têm se mantido estáveis nos últimos meses, com a Petrobras evitando repassar as oscilações do mercado internacional para o mercado interno. 

Desde que abandonou a política de paridade de importação (PPI), a estatal optou por um modelo de preços que evita trazer a volatilidade do petróleo para suas refinarias. Atualmente, o preço da gasolina nas refinarias não é alterado há 113 dias, enquanto o diesel está há 308 dias sem reajuste.

No mercado internacional, o preço do petróleo Brent para o mês de dezembro apresentou queda na última segunda-feira (28), após atingir a faixa dos US$ 76 por barril na semana passada. 

A cotação do Brent voltou a ser negociada próxima dos US$ 71 por barril, o que mostra a incerteza no mercado, impulsionada por tensões geopolíticas no Oriente e possíveis interrupções na produção de petróleo.

Com o preço médio da gasolina no Brasil em R$ 6,11 por litro e o diesel em R$ 6,02, o mercado brasileiro apresenta uma defasagem em relação ao mercado internacional. 

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), essa diferença chega a 8% para a gasolina e 3% para o diesel, o que cria uma margem para eventuais aumentos nas refinarias, de até R$ 0,23 por litro para gasolina e R$ 0,12 para o diesel.

A Petrobras, entretanto, continua cautelosa em relação aos ajustes, mantendo uma estratégia de estabilidade de preços que busca preservar o consumidor e aliviar os impactos da volatilidade internacional no mercado brasileiro.