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INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

Eletrificação dos carros vai custar 200 mil empregos até 2035, diz estudo

A redução no quadro é justificada pelo "sistema de propulsão" dos EVs, que exige menos componentes do que seus antecessores a combustão

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Empresas de todo o setor automotivo brasileiro podem participar do Programa Mover, desde fabricantes de autopeças até montadoras de veículos
Empresas de todo o setor automotivo brasileiro podem participar do Programa Mover, desde fabricantes de autopeças até montadoras de veículos Foto: VW/Divulgação

O processo de eletrificação dos carros tende a provocar um aumento no desemprego na indústria automobilística. Segundo um estudo elaborado pela Prognos e divulgado neste domingo (3), ao menos 186 mil vagas do setor serão fechadas na Alemanha até 2035. Responsável pela principal economia da Europa, o país também é sede de grandes montadoras, como Volkswagen, Mercedes-Benz, BMW, entre outras. 

A pesquisa aponta que a forte redução no quadro de funcionários é justificada, principalmente, pelo "sistema de propulsão" dos carros elétricos, que exige menos componentes do que seus antecessores a combustão. Desta forma, tanto os funcionários das montadoras quanto aqueles que trabalham no setor de fornecedores correm o risco de perder seus cargos.

De acordo com o levantamento da Prognos, os trabalhadores mais afetados são aqueles que atuam na soldagem e processamento de metais, bem como gestão e administração de negócios. Por outro lado, a indústria automobilística devem recrutar mais trabalhadores da área de TI e de engenharia elétrica. Contudo, no geral, mais empregos serão perdidos do que gerados com a eletrificação dos veículos (EVs).

Montadoras já são afetadas

O relatório surge no momento em que algumas montadoras demonstram sinais deste efeito. Recentemente, a Volkswagen pediu para que seus funcionários da Alemanha aceitassem um corte de 10% no salário. Sem emplacar no mercado de veículos elétricos, a VW acumula repetidos resultados negativos nas vendas.

"Precisamos urgentemente de uma redução nos custos de mão de obra para manter nossa competitividade. Isso requer uma contribuição da força de trabalho", disse Arne Meiswinkel, chefe de pessoal da marca VW, de acordo com a Reuters .

Segundo a imprensa europeia, a Volkswagen ainda planeja fechar fábricas, algo que nunca havia acontecido na história da montadora. Algumas unidades da Alemanha e da Bélgica seriam as afetadas com as mudanças.

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