A União Europeia continua forte em seu plano de tirar das ruas todos os carros com motor a combustão até 2035 para reduzir as emissões de carbono e manter seu compromisso com metas ambientais de longo prazo. A decisão faz parte do “Acordo Verde” europeu, lançado em 2019, que tem objetivo de transformar o bloco em uma economia neutra em carbono até 2050.
Mesmo que ainda haja algumas discussões sobre o uso de combustíveis sintéticos, ou seja, aqueles que não usam petróleo, a eliminação dos motores a combustão segue em pé, com possibilidade ainda de ter ajustes a serem revisados em 2026.
O comissário de Transportes da UE, Apostolos Tzitzikostas, apresentou suas propostas para o setor e afirmou que as metas não serão flexibilizadas, mas disse que o bloco está aberto a explorar alternativas como os combustíveis sintéticos em motores tradicionais.
Para Tzitzikostas, é essencial que a UE mantenha uma mensagem de estabilidade e confiança aos consumidores e fabricantes, e assim reforçando que o futuro do transporte europeu será cada vez mais elétrico. Por isso, no mercado europeu, a transição elétrica é a prioridade.
Tzitzikostas disse que a UE buscará formas de apoiar as montadoras, seja por incentivos diretos ou mudanças fiscais, especialmente no caso das frotas corporativas, que representam uma fatia importante das vendas de veículos novos na Europa.
O uso de combustíveis alternativos, como os sintéticos, é uma proposta em análise, já que eles são menos poluentes que os combustíveis fósseis. Porém, esses tipos de combustíveis ainda apresentam alguns desafios, entre eles está o seu alto custo.
Por isso, a possibilidade de manter essa opção em motores tradicionais será revista em 2026, mas, até lá, a proibição dos motores a combustão permanece inalterada.
Alguns países, como a Itália e a Croácia, defendem uma revisão antecipada das regras de emissões, propondo uma “neutralidade tecnológica”, onde diferentes tipos de tecnologia podem coexistir. Esse tipo de postura visa dar mais autonomia para as indústrias locais e garantir que a transição energética não comprometa a competitividade global das montadoras europeias.
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