A Nissan está buscando um investidor âncora para sobreviver a crise do setor de produção automotiva japonês. A Renault, que possui parte significativa da montadora japonesa, começou a se desfazer dos papéis da empresa, e toda essa situação pode gerar cortes de gastos para manter a montadora no mercado por certo período.
O crescimento do mercado automotivo chinês e a incerteza sobre o tipo de abordagem comercial do próximo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surgiram em meio ao anúncio da parceria entre Nissan e Honda, até então concorrentes no setor, afirmada em agosto deste ano.
O acordo entre as fabricantes prevê esforços para pesquisas de desenvolvimento de softwares e fabricação de carros elétricos, demonstrando uma certa preocupação com o avanço dos chineses nas vendas de carros tecnológicos.
A montadora japonesa possui um histórico desfavorável no quesito financeiro. Em 1999, a Renault acordou em salvar a Nissan de uma situação de quase falência ao comprar 36,8% das ações da empresa, o que configurou a primeira parceria comercial e industrial entre franceses e japoneses no setor automotivo. Agora, a Renault está se desfazendo desse montante adquirido.
A crise atual está com uma situação bem delicada, já que serão necessários cortes de salários da alta cúpula da empresa, encerramento de 9 mil postos de trabalho no mundo, adiamento de novos modelos, redução de 20% da capacidade produtiva e a venda de 10,02% das ações da Mitsubishi (pertencentes à Nissan).
De acordo com a matéria publicada no Financial Times, um dos executivos chefe da montadora japonesa destacou que eles possuem entre 12 à 14 meses para encontrar soluções mercadológicas e continuar atuando.
- Confira os vídeos do VRUM nos canais do YouTube e Dailymotion: lançamentos, testes e dicas