Nesta segunda-feira (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu a vice-presidente executiva e CEO da BYD nas Américas, Stella Li, e o vice-presidente sênior da BYD no Brasil, Alexandre Baldy, no Palácio do Planalto, em Brasília para discussão de planos futuros da marca no Brasil, além do chefe do executivo ter andando no SUV chinês mais caro do mundo.
A reunião abordou os planos da montadora chinesa para o país, com destaque para a fábrica em Camaçari, na Bahia, e a previsão de geração de 10 mil empregos diretos até o final de 2025, número que deve saltar para 20 mil em 2026.
Lula compartilhou o encontro em suas redes sociais e finalizou escrevendo: “Os investimentos na indústria automobilística voltaram ao Brasil.”
Durante o evento, Lula teve a oportunidade de conhecer o Yangwang U8, o SUV chinês mais caro do mundo produzido pela BYD. O modelo chamou atenção por sua capacidade de girar 360° no próprio eixo além de poder flutuar na água por até meia hora, funções que demonstram a inovação tecnológica da montadora.
Equipado com um motor 2.0 turbo e quatro motores elétricos (um em cada roda), o U8 entrega 1.200 cv e 103,5 kgfm de torque, acelerando de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos, mesmo com seus 3.460 kg. Além disso, o veículo possui uma bateria de 49,05 kWh e funcionalidades avançadas para diversos terrenos.
A BYD avalia a possibilidade de trazer o U8 ao Brasil em 2026, com preço estimado acima de R$ 1,35 milhão.
O interior do Yangwang U8 é recheado de comodidades. Entre alguns itens, há painel de instrumento digital para o motorista, central multimídia e passageiros, ar-condicionado de 4 zonas, massageadores para todos os ocupantes, telas embutidas e automação de última geração, 38 sensores, incluindo radares ultrassônicos e câmeras.
A BYD confirmou hoje a produção de um motor híbrido flex 1.5 aspirado, desenvolvido em parceria entre engenheiros chineses e brasileiros. O novo propulsor está previsto para ser fabricado em agosto de 2025 na planta da montadora em Camaçari.
No Brasil, a empresa está investindo R$ 5,5 bilhões na fábrica, que na última semana está enfrentando polêmicas devido a denúncias de maus-tratos e agressões a funcionários durante a construção.
Os primeiros modelos fabricados no Brasil já foram definidos: o elétrico Dolphin Mini e o híbrido plug-in Song Pro, dois dos carros mais vendidos da marca no mercado nacional.
A empresa também anunciou um plano ambicioso de aumentar a nacionalização de seus componentes para 70% nos próximos cinco anos.
No campo do emprego, a BYD revelou um cronograma de expansão: 2 mil vagas serão abertas em janeiro, seguidas por 3 mil em março e outras 5 mil em agosto, totalizando 10 mil postos de trabalho até o final de 2025.
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