O mundo em 2019 era bem diferente do que é hoje, e o mesmo se aplica ao Aston Martin Valhalla. Cinco anos atrás, o modelo fez sua primeira aparição pública sob o nome de AM-RB 003, fruto da parceria entre Aston Martin e Red Bull. Somente hoje o modelo foi oficialmente confirmado pela marca britânica e terá produção de 999 carros e mais de mil cavalos de potência.
O nome Valhalla tem origem bem longe de Gaydon, no Reino Unido, onde a empresa é baseada, e vem da mitologia nórdica. A lenda diz que Valhalla é o palácio para onde os herois mortos em batalhas são levados para conviver com o Deus Odin.
Na linha da Aston Martin, ele mantém a tradição dos supercarros da marca terem o nome iniciando em V, e é o segundo carro da marca batizado em referência ao mundo mitológico nórdico, após o Valkyrie (nome das mulheres que guiava os guerreiros que morriam em batalha até Valhalla).
O Valhalla mudou bastante do projeto inicial para o modelo que será produzido. A dianteira segue com linhas afiadas, mas os faróis são bem maiores, lembrando até os modelos mais recentes da marca, como o Vanquish e o Vantage reestilizado.
A lateral contém recortes e é desenhada para passar uma sensação de velocidade mesmo com o carro parado. Há retrovisores físicos, ao contrário do Valkyrie, o que reflete o foco do Valhalla, que é de ser um supercarro mas usável em diversas condições, enquanto o “irmão maior” é focado em pistas, apesar de poder trafegar nas ruas.
A traseira é digna dos supercarros modernos. O difusor traseiro elevado lembra os carros de competição e mesmo os de Fórmula 1 produzidos pela Aston Martin. As lanternas são compostas por oito pontos iluminados de cada lado que dão uma ideia de requinte ao carro.
É possível ver o cuidado com a aerodinâmica do modelo nas linhas que cercam o habitáculo. O formato de gota foi usado para projetar a área. Um detalhe interessante é a saída de escapamento posicionada para a parte superior.
Outro ponto que merece destaque é a asa traseira. Em um primeiro momento a peça não fica à mostra, mas na configuração de pista, a peça emerge eletronicamente para fornecer mais força aerodinâmica e segurar a traseira do supercarro.
Debaixo da carroceria está o motor V8 4.0 bi-turbo produzido pela Mercedes-AMG. O bloco é o mesmo utilizado pelo SUV DBX na versão 707, a mais potente disponível. Segundo a Aston Martin, o propulsor ganhou novo sistema de injeção, turbinas maiores e um comando de válvulas exclusivo para saltar dos 707 cv para 828 cv.
Esse motor trabalha com o auxílio de três propulsores elétricos, dois no eixo dianteiro e um integrado à transmissão, que fazem a potência subir para 1079 cv de potência e o torque máximo é de 112,1 kgfm.
Esse conjunto faz o Valhalla ir de zero aos 100 km/h em apenas 2,5 segundos, enquanto a velocidade máxima é de 350 km/h. A parte elétrica do sistema híbrido consegue mover o supercarro por apenas 14 km e com velocidade limitada a 80 km/h. Pode não parecer muito, mas é o suficiente para rodar nas ruas de Mônaco, por exemplo, sem gastar uma gota de gasolina.
O carro é construído a partir de um monocoque de fibra de carbono, com dois subchassis de alumínio que são acoplados à célula de sobrevivência. O carro todo pesa 1.655 kg, mais que a Ferrari SF90 e menos que o Lamborghini Revuelto, dois supercarros híbridos no mercado.
A cabine é inspirada na Fòrmula 1 e até a posição de dirigir é próxima da vista nos monopostos, com os pés em uma posição superior. O volante é feito em fibra de carbono e tem formato retangular, painel de instrumentos digital e multimídia também digital, que permite controlar diversas funções de performance do veículo, bem como sistema de som e navegação.
A Aston Martin disponibiliza seis pinturas inspiradas no passado da marca em competições, mas quem conseguir uma vaga para comprar o Valhalla terá à disposição o sistema de personalização da marca.
Segundo o Motor1.com, o Brasil terá seis exemplares confirmados do Valhalla até o momento e a expectativa é que cada carro custe a partir de R$ 12 ou R$ 15 milhões. As primeiras unidades devem ser entregues no segundo semestre, já que a produção será iniciada até abril.
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