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Honda e Nissan discutem fusão para competir com Toyota e marcas chinesas

A união pode transformar o cenário competitivo das montadoras japonesas

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Nissan Versa
Nissan Versa Foto: Divulgação: Nissan / Marco Antonio Teixeira

Honda e Nissan estão se preparando para assinar um acordo de fusão das marcas. A informação foi publicada pelo jornal Nikkei, do Japão, nesta terça-feira (17). Segundo a matéria, a união visa "salvar" as montadoras e competir de igual para igual com a Toyota e outras empresas de carros elétricos, como a Tesla e as chinesas. 

Em agosto deste ano, Honda e Nissan já haviam firmado uma parceria com a Mitsubishi para impulsionar a colaboração em áreas como software de gerenciamento, inteligência artificial, e produção de componentes essenciais como baterias e motores. 

Motivo da fusão

A fusão entre Honda e Nissan, segundo analistas, poderia representar uma oportunidade para enfrentar tanto as pressões de preço quanto a inovação tecnológica do mercado automotivo contemporâneo. A notícia vem num momento em que a participação da Renault na Nissan está diminuindo. Tal mudança pode facilitar a saída da Nissan de uma aliança bastante criticada com a fabricante francesa, o que, de acordo com fontes próximas, seria vantajoso para todas as partes envolvidas.

Quando questionadas pela agência Reuters, tanto Honda quanto Nissan negaram qualquer planejamento de fusão, destacando que estavam focadas na exploração de colaborações futuras. A Renault também comentou que não estava ciente dessas movimentações. No entanto, o Nikkei assegura que as empresas pretendem assinar um memorando para formar uma nova holding, embora não tenham sido citadas fontes específicas dessa informação.

A composição do novo cenário automotivo

A união entre Honda e Nissan poderia transformar o cenário competitivo das montadoras japonesas. Atualmente, a Honda ocupa o segundo lugar, e a Nissan a terceira posição, enquanto a Toyota lidera com folga. Juntas, as duas, junto com a Mitsubishi, venderam cerca de 4 milhões de veículos na primeira metade do ano, comparado aos 5,2 milhões vendidos pela Toyota sozinha.

Além de atender à demanda crescente por veículos elétricos e avançar tecnologicamente, a potência combinada de Honda e Nissan poderia representar uma solução para a queda nas vendas globais da Nissan. Com a futura inclusão da Mitsubishi na parceria, a extensão dessa colaboração poderia criar uma gigante automotiva japonesa capaz de competir intensivamente no cenário global.

 

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