O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), explicou por que sua gestão não vai isentar a cobrança do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de carros elétricos a partir de 2025. Na semana passada, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou o benefício apenas para veículos híbridos ou movidos a hidrogênio.
Em entrevista coletiva, Tarcísio disse que a legislação, além da parte ambiental, precisa se preocupar com a parte econômica de São Paulo. "A gente tem que pensar na vocação do Estado de São Paulo. Para onde eu quero direcionar a indústria automobilística no Estado de São Paulo, o que é mais aderente à nossa vocação?", perguntou.
"Eu tenho a GM que vai produzir híbrido em São Paulo, eu tenho a GWM que vai produzir híbrido em São Paulo, eu tenho a Toyota que vai produzir híbrido em São Paulo, eu tenho a Volkswagen que vai produzir híbrido em São Paulo", acrescentou o governador.
Ao longo da conversa com a imprensa, Tarcísio disse que não vai beneficiar carros fabricados em outros estados, citando a Bahia. A BYD, vale lembrar, está finalizando as obras de sua fábrica na cidade baiana de Camaçari. "A gente não vai dar isenção de IPVA para carro que vai ser produzido na Bahia ou no exterior", completou o governador de São Paulo.
Isenção
A medida aprovada pela Alesp é válida por dois anos, ou seja, de 1º de janeiro de 2025 até 31 de dezembro de 2026. Até o momento, o governador Tarcísio de Freitas não sancionou a lei.
Para garantir a isenção, os automóveis híbridos devem ter o seu motor a combustão abastecido somente com etanol ou ter a tecnologia flex. O benefício é limitado a modelos de até R$ 250 mil, mas também contempla caminhões e ônibus movidos exclusivamente a hidrogênio ou gás natural, inclusive biometano.
Justamente por isso, Tarcísio valorizou o projeto aprovado pela Alesp. "Nós temos o ciclo da cana, que é o ciclo onde tudo se aproveita, onde a gente tira o etanol de primeira geração, etanol de segunda geração, o biometano, o hidrogênio que vem a partir da reforma do etanol, o combustível sustentável de aviação, e é óbvio que o estado de São Paulo tem que se voltar para os biocombustíveis", afirmou.
Após os dois anos, a alíquota do IPVA será aumentada gradativamente, partindo de 1% em 2027, passando por 2% em 2028, 3% em 2029 e chegando em 4% a partir de 2030.
Acompanhe o VRUM também no YouTube e no Dailymotion!