O número de mortes em decorrência de um defeito no airbag da Takata aumentou. Na semana passada, Eurides Ferreira Lopes veio a óbito após o item disparar e lançar estilhaços metálicos em sua direção, na cidade de Rio Verde, em Goiás. Agora, oito pessoas já perderam a vida no Brasil por causa do problema no dispositivo. As informações foram confirmadas pelo portal Auto Esporte nesta quinta-feira (19).
Segundo a publicação, Eurides dirigia seu Honda Civic quando colidiu com outro veículo. Neste momento, o airbag da Takata foi acionado e desferiu projéteis metálicos que podem chegar a 320 km/h. De acordo com a Polícia Científica do Estado de Goiás, um deles atingiu o pescoço do condutor.
Em novembro deste ano, a TV Globo informou que cerca de 1,9 milhão de veículos circulam com esses "airbags fatais" da empresa japonesa Takata. Esses itens foram utilizados por 17 montadoras na fabricação de automóveis entre 2001 e 2018. O problema se deve ao uso de nitrato de amônio para inflar o airbag. Ao longo dos anos, a substância sofre uma reação química, tornando-se altamente explosiva.
A Honda emitiu um comunicado para lamentar o episódio. Além disso, a montadora japonesa informou que já convocou para recall todos os carros que possuem o dispositivo da Takata. A estimativa é que cerca de 10 milhões de carros estão equipados com esse tipo de airbag em todo o planeta.
Recall
Para ter certeza de que seu carro está em alguma lista de recall, basta entrar no site da montadora. Atualmente, todas as fabricantes tem uma aba específica para realizar a pesquisa. Assim, o motorista pode digitar no campo o número do chassi de seu veículo, que pode ser encontrado no documento do carro.
Além desta possibilidade, o condutor também pode fazer a pesquisa no site da Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito). Caso faça esta opção, basta clicar no link e inserir as informações do carro (placa ou chassi) para saber se o seu carro precisa de ajustes.
A realização do recall é gratuita e obrigatória. Os Detran (Departamento de Trânsito Estadual) pode e deve barrar o licenciamento dos automóveis com ajustes pendentes. A aplicação desta regra, entretanto, varia de acordo com o Detran.
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