A BYD decidiu rescindir seu contrato com a construtora chinesa Jinjiang Construction Brazil Ltda, após evidências de que a empresa, que era terceirizada para operar nas obras da fábrica em Camaçari (BA), mantinha trabalhadores em condições análogas à escravidão. As denúncias levaram a uma investigação minuciosa por uma força-tarefa composta por várias instituições governamentais.

O anúncio da rescisão foi feito após a operação de resgate de 163 funcionários submetidos a condições abusivas. As investigações revelaram práticas como jornadas de trabalho excessivas, onde alguns trabalhadores não descansavam por até 25 dias consecutivos, além de condições degradantes de alojamento e alimentação.

Quais foram as condições de trabalho encontradas pela força-tarefa?

A investigação apontou que os trabalhadores da Jinjiang estavam sujeitos a várias violações trabalhistas. Entre as mais graves estavam as jornadas de trabalho excessivamente longas e a restrição de descanso semanal. Além disso, as condições de alojamento eram precárias, com relatos de maus-tratos e agressões. Os salários dos trabalhadores também eram em grande parte retidos para envio às suas famílias na China, faltando-lhes recursos essenciais para despesas locais.

Quais medidas foram tomadas após a descoberta dessas condições?

Imediatamente após a descoberta dessas violações, a força-tarefa interditou todos os segmentos da obra gerenciados pela Jinjiang e exigiu a rescisão dos contratos de trabalho que não estavam em conformidade com as leis brasileiras. A BYD foi notificada como corresponsável e marcou-se uma audiência para discutir as medidas corretivas.

A BYD tomou a decisão de encerrar o contrato com a Jinjiang, afirmando seu compromisso com a legalidade e a ética no ambiente de trabalho. A empresa também garantiu que os direitos dos trabalhadores resgatados seriam respeitados.

Qual é o impacto dessa situação nas operações da BYD no Brasil?

Além da rescisão do contrato, a BYD iniciou medidas internas para assegurar a conformidade com as normas trabalhistas brasileiras. A companhia transferiu os trabalhadores resgatados para hotéis locais e está colaborando com as autoridades para resolver a situação. 

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