A Fiat tirou oficialmente do catálogo os motores Fire e Fire Evo em seus carros, substituindo os modelos pelo moderno Firefly. A mudança é resultado das novas exigências de emissões do Proconve L8, que entrou em vigor em 2025 e estabelece padrões mais rígidos para reduzir a poluição no Brasil.
Lançado no Brasil em 2000, no Fiat Palio, o motor Fire marcou presença por mais de 25 anos no mercado nacional e 40 anos mundialmente. No entanto, as novas regulamentações obrigam as montadoras a colocarem em seus veículos motores mais eficientes e menos poluentes, o que tornou o Fire obsoleto. O Fiat Mobi, por exemplo, que utilizava o Fire desde seu lançamento em 2016, agora passa a contar com o motor 1.0 Firefly aspirado.
O motor 1.0 Firefly no Fiat Mobi oferece uma leve melhora de potência e torque. Antes, o motor Fire entregava 71/74 cv e 9,3/9,7 kgfm de torque (gasolina/etanol). Com o Firefly, esses números passaram para 71/75 cv e 10/10,7 kgfm de torque, o que representa um aumento de 1,35% na potência e até 10,31% no torque. Apesar das mudanças, o câmbio permanece o manual de cinco marchas.
Já os utilitários Fiat Fiorino e Peugeot Partner Rapid, que utilizavam o motor Fire Evo 1.4, agora recebem o 1.3 Firefly de 107 cv e 13,6 kgfm de torque, substituindo os antigos 84/86 cv e 11,8/12,2 kgfm de torque (gasolina/etanol).
Segundo a Stellantis, os novos motores também trazem uma melhora significativa no consumo. No caso do Fiorino, por exemplo, o consumo com etanol subiu 7,27% na cidade (8,7 km/l) e 14,56% na estrada (9,6 km/l).
Os motores Fire e Fire Evo seguiam o ciclo Otto, uma tecnologia mais antiga e menos eficiente em termos de emissões e consumo de combustível. Com a entrada em vigor do Proconve L8, todos os veículos precisam atender a padrões mais rígidos de emissão de poluentes, forçando as montadoras a investir em motores mais modernos e em tecnologias de controle de poluição.
O Proconve L8 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) é uma norma brasileira que busca reduzir os gases emitidos pelos automóveis, como monóxido de carbono (CO) e óxidos de nitrogênio (NOx). A legislação exige motores mais eficientes e com menores índices de emissão até. Ele será dividido em três fases de dois em dois anos — 2025; 2027 e 2029.
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