A BYD divulgou nesta quinta-feira (15) mudanças importantes nas condições de trabalho dos funcionários chineses que atuam em sua fábrica em Camaçari (BA). Após denúncias de maus-tratos e condições insalubres no local, a empresa divulgou fotos e informações das instalações dos trabalhadores.
Nas imagens e, segundo a BYD, os refeitórios são compartilhados com os funcionários brasileiros e acomodações em hotéis da região com 1,3 mil quartos, que consegue atender até 2,2 mil trabalhadores. Essas mudanças ocorrem após a Agência Pública, em novembro de 2024, revelar que mais de 400 trabalhadores chineses da empreiteira Jianjing, contratada pela BYD, viviam em condições degradantes.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) encontrou irregularidades graves, como camas sem colchões, banheiros precários e falta de higiene nos alojamentos. Além disso, houve denúncias de violência e agressões, que a BYD admitiu terem ocorrido dentro de suas instalações.
Com o objetivo de evitar novos problemas, a BYD anunciou a criação de um comitê de compliance, formado por consultores independentes, especialistas em segurança do trabalho e direitos trabalhistas, além de representantes da montadora.
Esse grupo terá a missão de monitorar e garantir condições dignas para todos os trabalhadores, brasileiros e estrangeiros, durante as obras e operações da fábrica. Antes das mudanças, trabalhadores chineses eram obrigados a pegar alimentos de caixas térmicas e viviam em alojamentos improvisados.
A BYD está investindo R$ 5,5 bilhões no Brasil para transformar a antiga fábrica da Ford em Camaçari em um polo de produção de veículos híbridos e elétricos. Os dois primeiros modelos confirmados para fabricação local são o Song Pro e o Dolphin Mini, com início previsto para este ano. Além disso, a empresa também planeja produzir motores híbridos-flex no país.
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