As mortes em decorrência de acidentes de trânsito na cidade de São Paulo subiram 11,1% em 2024, segundo informou o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP), nesta terça-feira (21). O órgão contabilizou 1.031 óbitos na capital paulista no ano passado - em 2023, foram 928 vítimas fatais.
Este é o maior número de mortes provocadas por acidentes de trânsito desde 2015. Na ocasião, o Detran-SP computou 1.101 vítimas fatais em São Paulo. Desde então, nos nove anos seguintes, a taxa de óbitos ficou abaixo dos quatro dígitos.
Mortes em acidentes de trânsito em SP:
| ANO | MORTES NO TRÂNSITO |
| 2015 | 1.101 |
| 2016 | 929 |
| 2017 | 824 |
| 2018 | 827 |
| 2019 | 799 |
| 2020 | 711 |
| 2021 | 725 |
| 2022 | 863 |
| 2023 | 928 |
| 2024 | 1.031 |
Motociclistas puxam alta
A maioria das mortes em 2024 foi provocada por acidentes de moto (37%). Ao todo, 483 envolveram motocicletas, 373 pedestres, 100 automóveis e 44 bicicletas. Segundo o levantamento, 82% dos casos foram protagonizados por homens, enquanto 15% estão na faixa dos 20 a 29 anos.
Os óbitos envolvendo motos, inclusive, dispararam no ano passado. De acordo com o levantamento, o aumento foi de 20% em comparação com 2023, quando 403 motociclistas morreram nas ruas da capital paulista.
O Detran-SP divulgou os números em meio ao conflito entre Prefeitura de São Paulo e a empresa 99. Recentemente, a plataforma iniciou a operar o seu serviço de mototáxi, onde motociclistas cadastrados realizam corridas pela cidade.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) condenou a prática, chamou a 99 de "assassina" e disse que o serviço resultará em uma carnificina. Além disso, a Prefeitura entrou com uma ação na Justiça para tentar impedir as corridas de mototáxi na capital.
Para oferecer o serviço, a empresa afirmou que o 99Moto trata-se de um transporte privado por aplicativo em motocicleta. Segundo a 99, a medida é permitida pela Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), Lei nº 12.587, de 2012.
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