A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e fabricantes nacionais avaliam ingressar com uma ação antidumping contra marcas chinesas, como BYD e GWM, que têm ampliado sua presença no Brasil. A iniciativa surge como uma medida protetiva para a produção automotiva nacional.
As montadoras que possuem fábricas no país, estão em alerta com a expansão das marcas chinesas no mercado nacional. De acordo com a Anfavea, a concorrência com empresas chinesas têm gerado um impacto significativo, especialmente no segmento de veículos elétricos e híbridos.
Uma das principais preocupações é o possível uso de práticas de dumping, quando produtos são vendidos a preços abaixo do custo de produção ou do valor praticado no mercado chinês.
A Anfavea, através de seu presidente, Márcio de Lima Leite, defende que é essencial garantir que as práticas comerciais sigam as regras internacionais para proteger os empregos e os investimentos no setor automotivo nacional.
Outro ponto que reforça a preocupação da indústria brasileira é o cronograma de entrada das gigantes chinesas no mercado local. A GWM pretende inaugurar sua planta no Brasil em maio deste ano, em Iracemápolis (SP), enquanto a BYD já tem planos avançados para iniciar a produção ainda neste semestre.
Entretanto, mais fabricantes chinesas pretendem iniciar suas produções no país entre 2026 e 2030, sendo elas: Neta, GAC e Omoda/Jaecoo. Isso levanta mais preocupações por parte da Anfavea, já que será necessário ter um controle maior dessas possíveis operações.
As montadoras nacionais, no entanto, argumentam que a competitividade das chinesas está ligada, em parte, a subsídios do governo chinês e vantagens fiscais. Dessa forma, a possível ação antidumping também busca pressionar por mudanças que impeçam distorções de mercado e garantam a sobrevivência das fabricantes locais.
- Confira os vídeos do VRUM nos canais do YouTube e Dailymotion: lançamentos, testes e dicas