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ENTENDA

Volkswagen pode adotar estratégia radical para não fechar fábricas

Em crise, a montadora viu seu lucro líquido despencar 64% no terceiro trimestre de 2024

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Vista aérea da fábrica da Volkswagen em Dresden, na Alemanha
Vista aérea da fábrica da Volkswagen em Dresden, na Alemanha Foto: Divulgação: Volkswagen / Oliver Killig

A Volkswagen pode aderir uma estratégia nada convencional para que não precise fechar fábricas na Europa. Nesta terça-feira (28), executivos da montadora admitiram que podem pedir para as rivais chinesas assumirem algumas de suas unidades no Velho Continente. A informação foi repassada em entrevista ao Financial Times.

"Estamos abertos para qualquer discussão sobre qualquer tópico com qualquer parceiro", disse David Powels, diretor financeiro da Volkswagen. "Em um mundo dinâmico, você tem que manter todas as opções abertas", acrescentou o executivo, ex-presidente da VW. 

A parceria seria uma forma de conter a crise na Volkswagen. A montadora viu seu lucro líquido despencar 64% no terceiro trimestre de 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior, segundo um relatório divulgado pela própria marca. A empresa caiu de 4,35 bilhões de euros para 1,58 bilhão. 

O grande impacto vem no aumento dos carros elétricos híbridos, especialmente de marcas chinesas, que estão conquistando uma fatia cada vez maior de mercado, tanto na Europa quanto na China, que já foi o grande trunfo da Volkswagen

Para reagir, a Volkswagen está planejando cortes drásticos. Uma delas é o fechamento de três fábricas na Europa, o que, segundo rumores, pode resultar na demissão de 30 mil pessoas. A meta é economizar cerca de 10 bilhões de euros. 

Além das fábricas fechadas e dos cortes de empregos, os salários também podem ser reduzidos. A previsão é que a Volkswagen deixe de vender 500 mil carros por ano, o que pode impactar ainda mais o lucro da companhia. 
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