A Volkswagen pode aderir uma estratégia nada convencional para que não precise fechar fábricas na Europa. Nesta terça-feira (28), executivos da montadora admitiram que podem pedir para as rivais chinesas assumirem algumas de suas unidades no Velho Continente. A informação foi repassada em entrevista ao Financial Times.
"Estamos abertos para qualquer discussão sobre qualquer tópico com qualquer parceiro", disse David Powels, diretor financeiro da Volkswagen. "Em um mundo dinâmico, você tem que manter todas as opções abertas", acrescentou o executivo, ex-presidente da VW.
A parceria seria uma forma de conter a crise na Volkswagen. A montadora viu seu lucro líquido despencar 64% no terceiro trimestre de 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior, segundo um relatório divulgado pela própria marca. A empresa caiu de 4,35 bilhões de euros para 1,58 bilhão.
O grande impacto vem no aumento dos carros elétricos e híbridos, especialmente de marcas chinesas, que estão conquistando uma fatia cada vez maior de mercado, tanto na Europa quanto na China, que já foi o grande trunfo da Volkswagen.
Para reagir, a Volkswagen está planejando cortes drásticos. Uma delas é o fechamento de três fábricas na Europa, o que, segundo rumores, pode resultar na demissão de 30 mil pessoas. A meta é economizar cerca de 10 bilhões de euros.