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Prefeito cita "indústria da multa" e corta fios de radares em SP; assista

Vinicius Camarinha (PSDB) alega que os dispositivos foram ineficazes no combate aos acidentes de trânsito

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Prefeito de Marília, Vinicius Camarinha (PSDB) corta fios de radares
Prefeito de Marília, Vinicius Camarinha (PSDB) corta fios de radares Foto: Divulgação

O prefeito Vinicius Camarinha (PSDB), da cidade de Marília (SP), localizada a 442 km da capital paulista, viralizou nas redes sociais por um motivo inusitado. Poucos dias após assumir o cargo, em janeiro deste ano, o político apareceu cortando os fios e desativando 18 radares de velocidade. As imagens foram publicadas pelo próprio prefeito nas redes sociais. 

No post, Camarinha falou em "combater a indústria da multa" em Marília. Já quanto aos equipamentos, a Polícia Militar irá aproveitá-los para identificar a passagem de veículos roubados no municípios e monitorar outros crimes. 

"Hoje, cumprimos com o compromisso com a população: a desativação dos radares. O governo anterior instalou os radares sem estudos, com o único objetivo de arrecadar recursos às custas da população, sacrificando o trabalhador", disse Camarinha. 

Veja abaixo:

O prefeito de Camarinha, ainda, pediu conscientização da população no trânsito e declarou que tomará outras medidas como prevenção de acidentes. "Vamos implementar políticas educacionais, de conscientização, para o controle de velocidade, com o apoio da nossa população", escreveu.

A Prefeitura de Marília alega que a gestão anterior, liderada por Daniel Alonso (PL), instalou os radares sem qualquer estudo técnico, apenas com a finalidade de arrecadar mais dinheiro. Ainda assim, a quantidade de acidentes no município caiu desde a instalação dos equipamentos, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP).

Em 2022, a quantidade de acidentes ficou em 1507. No ano seguinte, já com os radares, foram 1.302 sinistros. Já em 2024, o número total foi de 1.116. Por outro lado, o número de mortes provocadas por acidentes subiu, principalmente, em 2023, quando bateu o recorde de 32 óbitos. Até por isso, Camarinha alega que os dispositivos foram ineficazes. 

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