A Pioneer anunciou, no início desta semana, o encerramento das atividades de sua fábrica na Zona Franca de Manaus (ZFM). Localizada na avenida Torquato Tapajós, no bairro da Colônia Santo Antônio, a unidade deixará de operar em 31 de março de 2025. A decisão, tomada em meio a um cenário de dificuldades no mercado nos últimos anos, impactará diretamente os 172 trabalhadores, que aguardam a conclusão do processo de fechamento. Este anúncio marca o fim de mais de duas décadas de operação na região, onde a fábrica produzia equipamentos de áudio e vídeo.
O que motivou o fechamento da fábrica em Manaus?
Fatores como mudanças nos hábitos de consumo, desafios econômicos e o impacto da pandemia da Covid-19 contribuíram para o encerramento da fábrica. A Pioneer vinha enfrentando dificuldades nos últimos dez anos, e essa decisão vem como uma consequência direta dessas adversidades.
Durante reunião com a Suframa, a empresa discutiu estratégias para minimizar o impacto do fechamento, focando especialmente na recolocação dos trabalhadores afetados. O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, destacou que a autarquia buscará integrar esses colaboradores em outras companhias no Polo Industrial de Manaus (PIM).
Quais as ações para a recolocação dos trabalhadores?
A Suframa se comprometeu a solicitar à Pioneer uma lista com os nomes dos colaboradores para encaminhamento a novas oportunidades. Segundo Saraiva, há 59 fábricas com projetos de implantação na ZFM, indicando um potencial de absorção dessa mão de obra qualificada.
Além disso, uma empresa de recursos humanos foi contratada para auxiliar na realocação dos empregados. Todos estão atualmente notificados com aviso prévio, e a Pioneer garante o pagamento dos direitos trabalhistas, bem como negociações para compensações indenizatórias.
Repercussão entre as autoridades locais
A reunião para discutir o fechamento contou com a presença de representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM) e da Superintendência Regional do Trabalho no Amazonas. O objetivo foi alinhar detalhes sobre a transição dos trabalhadores e as futuras ações junto à comunidade local.
Valdemir Santana, presidente do Sindmetal-AM, junto com outros membros, participou da discussão para assegurar que os direitos dos trabalhadores sejam mantidos durante esse processo. A decisão, originada da matriz japonesa da Pioneer, reforça a necessidade de uma ação coordenada para mitigar o impacto econômico e social na região.
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