Um dos itens de manutenção mais básica de um veículo é sempre ficar atento ao nível do óleo. Tão importante quanto verificar o nível da água e calibração dos pneus, é importante sempre checar o estado e nível do óleo lubrificante do motor para manter o bom funcionamento do carro. Mas em quanto tempo a troca do óleo deve ser realizada?
Segundo Luiz Silos, Diretor de Tecnologia de Lubrificantes Industriais da PETRONAS Lubrificantes Brasil, é preciso sempre considerar o manual de instruções do fabricante do veículo para entender o tempo de troca de óleo:
“A substituição do lubrificante de motor deve seguir as recomendações descritas no manual do fabricante do veículo - tanto as especificações em relação ao lubrificante correto a ser utilizado, quanto à viscosidade- com a especificação de performance. Hoje, o mercado conta com diversos tipos de lubrificantes para carros, entre eles produtos sintéticos, semissintéticos e minerais, todos atendendo às normas e níveis de performance”, explica.
É normal ver veículos com quilometragem elevada ou um uso diário bem intenso, e naturalmente isso demanda um cuidado especial.
Geralmente, mesmo em casos de carros mais rodados, a recomendação é sempre seguir utilizando o óleo especificado pela fabricante no manual de instruções do veículo, apesar de alguns mecânicos recomendarem a substituição do especificação e do tipo de óleo dependendo da quilometragem.
Também é importante ressaltar que o uso do carro influencia diretamente no comportamento e desgaste do óleo. Caso o motorista troque marchas somente em rotações muito elevadas, isso pode demandar de uma troca antecipada.
Há quem acredite ainda que pode conta do trânsito intenso das cidades seja necessário trocar o óleo de forma antecipada, mas de acordo com Silos, esse uso já está previsto pelas fabricantes. Porém, há outros fatores que podem influenciar na vida útil do óleo lubrificante.
“O uso intenso em cidades, normalmente, se enquadra dentro do perfil utilizado pela montadora do veículo para definição do intervalo de troca. Contudo, existem situações específicas de utilização do veículo que podem impactar fortemente no intervalo de troca do lubrificante. Combustíveis de baixa qualidade ou produto com especificação diferente do recomendado pelo fabricante, podem interferir na vida útil dos fluidos utilizados. Portanto, é essencial que os consumidores verifiquem as especificidades no manual de cada veículo, para viagens mais tranquilas e maior durabilidade do motor”, completou o executivo.
Qual o principal risco de rodar com óleo velho?
Uma das funções do óleo no motor de um carro é lubrificar e proteger as partes metálicas do motor do atrito que acontece entre elas. Com o desgaste, além de perder as propriedades de lubrificar o motor, o óleo pode ficar contaminado com pequenos pedaços metálicos ocasionados pelo desgaste dos componentes, entre outros:
“Caso o período de troca do lubrificante não seja corretamente respeitado pelo motorista, alguns prejuízos à longevidade do motor podem acontecer, como desgaste prematuro, formação de borra por excesso de depósito, aumento do consumo de combustível e, potencialmente, pode levar a um superaquecimento do motor”, encerra Luiz Silos.
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