Após a tentativa frustrada de fusão com a Honda, a Nissan busca outros parceiros para se salvar da crise financeira. Segundo o portal Financial Times, um grupo de executivos japoneses desenvolveu um plano para salvar a empresa, e dependeria de ajuda da Tesla.
O grupo é liderado por Hiro Mizuno, ex-membro do conselho da Tesla e conta com apoio do ex-primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga. Os autores da proposta esperam que a empresa norte-americana possa se interessar em assumir a posição de investidor estratégico na Nissan, que ofereceria suas fábricas nos Estados Unidos como contrapartida.
Comprar as fábricas da Nissan faria a Tesla escapar das tarifas de 25% para importação de carros elétricos, que o novo presidente dos EUA, Donald Trump, quer impor. Entretanto, todos os modelos atuais da Tesla são produzidos nos Estados Unidos.
Atualmente, a Nissan tem fábricas em Smyrna, no Tennessee, e em Canton, no Mississipi. A primeira é responsável por produzir Pathfinder, Leaf, Murano, Rogue e o Infiniti QX60. A segunda planta cuida de Altima e Frontier.
Somadas, as duas fábricas têm capacidade para produzir cerca de 1 milhão de veículos, mas o volume total de 2024 ficou na casa dos 500 mil carros.
O Financial Times afirma que Suga lidera um consórcio de investidores que teria a Tesla como principal acionista, mas poderia também contar com a Foxconn, como acionista minoritária.
A fabricante de eletrônicos de Taiwan é uma das empresas mais interessadas em comprar a Nissan, ou parte dela. Conhecida por produzir o iPhone, a Foxconn é proprietária de uma marca de veículos, a Foxtron, e adquirir a tecnologia da Nissan poderia expandir seus negócios.
O site informa que o governo japonês, por meio do ministério da economia, comércio e indústria, teme implicações políticas e de segredo nacional caso as tecnologias da Nissan sejam adquiridas pela Foxconn, pois enxergam a empresa muito próxima da China.
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