O GWM Haval H6, com seu facelift de meia-vida apresentado em junho de 2024 na China, acaba de dar um passo importante no Brasil: foi registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), sinalizando planos futuros da montadora, que já confirmou a produção do SUV em Iracemápolis (SP).
O INPI é um órgão do governo responsável por proteger patentes, marcas e desenhos industriais no país. Em termos simples, o INPI é quem garante que o design ou a ideia de um produto seja oficialmente reconhecido como propriedade de uma empresa, evitando cópias. Mas isso não significa uma chegada imediata às ruas brasileiras.
O modelo reestilizado já é realidade no mercado chinês, onde a pré-venda começou com um valor de 99 yuans (cerca de R$ 72), que se transforma num desconto de 3 mil yuans (R$ 2.170) na compra final.
Por lá, o Haval H6 é o sexto SUV mais vendido, e essa atualização de meia-vida trouxe mudanças na aparência, mantendo, porém, os motores que já existiam. Aqui no Brasil, a GWM planeja começar a produção do Haval H6 no segundo semestre de 2025, porém a produção inicial deve seguir com o visual atual, sem o facelift, por pelo menos mais alguns anos.
O que mudou no visual?
Na dianteira, a grade ficou maior, com filetes retangulares mais largos e um estilo mais fechado, bem diferente do que vemos no Haval H6 vendido hoje no Brasil. Os faróis ganharam um conjunto novo com 54 lâmpadas LED, que alcançam até 190 metros, posicionados no para-choque, que também foi redesenhado — adeus aos faróis de neblina, que foram deixados de lado. Nas laterais, as alterações são sutis, mas as rodas agora variam de acordo com a versão, dando um toque único a cada configuração.
Na traseira, a mudança mais visível está nas lanternas. Antes interligadas por uma barra iluminada, agora elas são separadas, estilo que lembra o Lexus NX 300h. Isso deu mais destaque ao nome “HAVAL”, que cresceu na tampa do porta-malas, também atualizada no design.
O para-choque traseiro, porém, segue igual, com sua peça de plástico intacta. Com essas mudanças, o SUV cresceu 50 milímetros no comprimento, chegando a 4,70 metros, enquanto largura (1,86 m), altura (1,73 m) e entre-eixos (2,73 m) continuam os mesmos.
Na parte mecânica, a GWM optou por não mexer no que já funciona na China. Os motores a combustão seguem firme: o 1.5 turbo a gasolina, com 177 cv, e o 2.0 turbo, com 232 cv na versão GT, ambos ligados a um câmbio automatizado de dupla embreagem de sete marchas.
As opções híbridas, que são as vendidas no Brasil, também não mudaram por lá. A HEV combina um 1.5 turbo com um motor elétrico dianteiro, entregando 243 cv e 54 kgfm de torque, enquanto a PHEV, com dois motores elétricos e o mesmo 1.5 turbo, chega a 393 cv e 77,7 kgfm. Aqui, essas opções devem continuar iguais.
Mesmo que o facelift tenha sido registrado no INPI, o Haval H6 com a cara nova não deve aparecer tão cedo nas ruas brasileiras. A GWM já deixou claro, ainda na gestão de Oswaldo Ramos, ex-diretor de operações, que os carros lançados por aqui ficam pelo menos três anos sem alterações visuais.
Como o modelo atual chegou ao Brasil em 2023, o facelift só seria esperado a partir de 2026 ou 2027. A produção em Iracemápolis vai focar no Haval H6 que já conhecemos, aproveitando a isenção de impostos para híbridos fabricados localmente, incentivados pelo Programa Mover, do Governo Federal.
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