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A volta do ícone?

Citroën promete retorno de modelo queridinho do público

Lendário 2CV será reeditado como parte da estratégia de modelos "ousados e chocantes" da marca

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Citroën 2CV fez história na França e na Europa e conta com algumas unidades no Brasil
Citroën 2CV fez história na França e na Europa e conta com algumas unidades no Brasil Foto: Giulliano Ricciardi/Citroen

A Citroën pode não fazer muito sucesso no mercado brasileiro, mas o passado da fabricante possui muito sucesso e inovações revolucionárias. Segundo o CEO da marca do duplo chevron, Thierry Koskas, a Citroën irá olhar para o passado para moldar o futuro. O primeiro passo da nova fase será uma “reedição” do icônico 2CV.

De acordo com Koskas, a Citroën detém umas das histórias mais ricas do mundo automotivo e isso precisa ser aproveitado. “Queremos usar nosso patrimônio. Vamos fazer de uma forma única, mas queremos aproveitar esse fator”, declarou o executivo.

Segundo a revista britânica Autocar, a Citroën já desenvolve estudos para “ressucitar” o lendário 2CV, que foi produzido entre 1948 e 1990 com mais de 5 milhões de unidades produzidas. 

 

2CV original ficou muito famoso pela valentia, baixo custo de aquisição e manutenção
2CV original ficou muito famoso pela valentia, baixo custo de aquisição e manutenção Foto: Divulgação/Stellantis

É bem provável que o “novo” 2CV seja utilizado apenas como conceito para marcar a nova fase da Citroën. Koskas afirmou que até o fim de 2025 a marca apresentará “um novo conceito que dará a direção da nossa interpretação de conforto e gestão de espaço”.

O executivo ainda é contra a apresentação de conceitos somente em simulações virtuais. Para o francês, carros-conceito precisam ser reais e devem pavimentar o caminho para que a Citroën volte a fabricar modelos icônicos e que possam ser comprados pelos clientes.

Um dos trunfos do sucesso do 2CV original era justamente o baixo custo de aquisição, mas é justamente esse fator que dificulta um potencial retorno. Para Koskas, o futuro da Citroën - na Europa - passa por C3, C3 Aircross, C4 e C5 Aircross. 

Retornar ao segmento de carros compactos com um potencial “C1” ou “C2”, ou mesmo um 2CV reimaginado, seria “extremamente desafiador”, nas palavras do executivo, que acredita que a marca já esteja bem representada com o C3.

“Não temos nenhuma intenção em estar em um segmento ainda menor. Estou bem feliz e focado no segmento B e C. Esse é o meu território”, finalizou.

Segmento de subcompactos em queda

Nos últimos anos, o segmento de carros A na Europa está perdendo força de forma acelerada. Com os custos de produção de carros cada vez mais elevados, os carros ficam mais caros e os consumidores preferem levar veículos maiores e com mais equipamentos.

Em 2015, o segmento emplacou 1,3 milhões de unidades em toda a União Europeia. Em 2022 esse número caiu para 448 mil.

Na contramão, Fiat e Renault seguem apostando em carros “retrô”, mas com as dimensões atualizadas para a era moderna. É o caso do novo Panda, que cresceu e passou a ser chamado de Grande Panda, que inclusive, chegará ao Brasil em breve.

Renault Twingo E-Tech
Renault Twingo E-Tech Foto: Divulgação/Renault

A Renault, por sua vez, promete ressuscitar o Twingo, modelo icônico dos anos 90 como uma proposta de carro urbano moderno, trazendo boa parte do visual do modelo original, mas respeitando as novas regras de segurança.