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EM FEVEREIRO

Combustíveis: por que preço ficou acima da inflação e do reajuste do ICMS

O aumento é resultado de uma combinação de fatores econômicos e tributários que afetam diretamente o bolso dos brasileiros

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Pane seca: entenda a multa e os riscos de rodar com pouco combustível
Pane seca: entenda a multa e os riscos de rodar com pouco combustível Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press

Nos últimos anos, os preços dos combustíveis no Brasil têm sido motivo de preocupação para consumidores e especialistas. Em 2025, a situação continua a desafiar motoristas em todo o país, com aumentos significativos nos preços da gasolina, etanol e diesel. Esse fenômeno é resultado de uma combinação de fatores econômicos e tributários que afetam diretamente o bolso dos brasileiros.

Recentemente, um levantamento realizado pela ValeCard, uma empresa especializada em meios de pagamento e mobilidade corporativa, revelou que os preços médios dos combustíveis subiram mais do que o reajuste do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Esse aumento tem gerado discussões sobre as causas e possíveis soluções para o problema.

Por que os preços subiram?

Bico de bomba de gasolina abastecendo o tanque de um carro prata em posto de combustível; Diesel e gasolina ficaram mais caros após reajuste da Petrobras
Bico de bomba de gasolina abastecendo o tanque de um carro prata em posto de combustível Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press

O aumento dos preços dos combustíveis no Brasil pode ser atribuído a diversos fatores. Um dos principais é o efeito cascata do ICMS, um imposto que incide no início da cadeia produtiva dos combustíveis. Quando o custo aumenta na refinaria ou na importação, esse aumento é repassado ao longo de toda a cadeia produtiva, resultando em preços mais altos para o consumidor final.

Além disso, as empresas do setor de combustíveis determinam suas margens de lucro com base em percentuais sobre o custo de produção. Isso significa que qualquer aumento no custo inicial é amplificado ao longo da cadeia, levando a um preço final ainda mais elevado. Outros fatores, como a alta taxa de câmbio e oscilações no preço do petróleo, também contribuem para o aumento dos preços.

Quais fatores influenciam no preço

Agente da ANP fazendo a vistoria da gasolina em um posto de combustível
Agente da ANP fazendo a vistoria da gasolina em um posto de combustível Foto: Reprodução: ANP

Além do ICMS e das margens de lucro das empresas, outros fatores influenciam o preço dos combustíveis no Brasil. A logística e o transporte são elementos críticos, pois os custos para levar o combustível das refinarias aos postos de abastecimento podem variar significativamente. As margens de lucro das distribuidoras e dos postos também impactam o preço final.

Outro fator importante é a taxa de câmbio. Com o dólar em alta, os combustíveis importados se tornam mais caros, o que afeta diretamente o preço pago pelos consumidores. As oscilações no preço do petróleo no mercado internacional também desempenham um papel crucial, uma vez que o Brasil ainda depende de importações para atender à demanda interna.

Etanol ou gasolina? 

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Carro vermelho sendo abastecido Foto: VW/Divulgação

Com os preços dos combustíveis em alta, muitos motoristas se perguntam qual é a opção mais vantajosa na hora de abastecer. Segundo especialistas, o etanol é mais vantajoso quando custa até 70% do preço da gasolina. Essa regra simples pode ajudar os consumidores a economizar na hora de escolher o combustível.

De acordo com o levantamento da ValeCard, em fevereiro de 2025, o etanol era mais vantajoso do que a gasolina em dez estados brasileiros, incluindo Acre, Amazonas, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rondônia e Mato Grosso. Essa informação pode ser útil para motoristas que buscam reduzir os impactos da inflação dos combustíveis.

 

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