Nesta segunda-feira (24), a Toyota lançou na Europa a Hilux 2025 com uma grande novidade: a introdução de um sistema híbrido-leve (MHEV) de 48 volts, marcando a estreia da eletrificação na picape mais vendida da marca. Disponível em alguns países europeus, como a Alemanha, a nova Hilux Hybrid 48V mantém a oitava geração que já conhecemos no Brasil, mas traz além da opção híbrida-leve, a versão GR Sport II.
Com preço inicial de 54.335 euros (cerca de R$ 336 mil), a Hilux híbrida é 8 mil euros (R$ 49,4 mil) mais cara que a versão diesel básica, e também supera o valor da concorrente Ford Ranger PHEV, uma híbrida plug-in, que custa 44.690 euros (R$ 276,4 mil). O lançamento dá um gostinho do que podemos esperar no Brasil com a próxima geração da Hilux, prevista para 2026, que também deve adotar o sistema MHEV.
A nova Hilux Hybrid 48V é produzida na Tailândia e importada para a Europa, enquanto no Brasil a picape é fabricada em Zárate, na Argentina. A versão híbrida-leve combina o já conhecido motor 2.8 turbodiesel de 204 cv e 50,9 kgfm de torque com um sistema elétrico que inclui uma bateria de íons de lítio de 48 volts, com capacidade de 4,3 Ah e peso de apenas 7,6 kg.
Essa bateria, instalada sob os bancos traseiros, substitui o alternador e o motor de arranque tradicionais, funcionando em conjunto com um motor-gerador elétrico. O objetivo principal é reduzir as emissões de CO2 e melhorar a eficiência de combustível, sem alterar a potência total do motor a combustão.
Segundo a Toyota, o sistema MHEV tem objetivo de reduzir em até 10% no consumo de combustível- médias entre 9,8 km/l e 10 km/l no ciclo WLTP (padrão europeu), além de incorporar a tecnologia Start-Stop para reduzir emissões em situações de trânsito.
O funcionamento do sistema híbrido leve da Hilux é semelhante ao visto em modelos como o Fiat Pulse e o Fiat Fastback, mas a diferença fica para a voltagem — enquanto os SUVs da Fiat usam 12 volts, a Hilux adota 48 volts — isso também, claro, devido ao seu porte e peso maiores, o que exige mais energia para suportar o motor 2.8 turbodiesel.
O motor elétrico atua em fases estratégicas, como em acelerações suaves e em velocidades abaixo de 1.000 rpm, ajudando a reduzir o esforço do motor a combustão e melhorando a resposta ao acelerador.
Durante a desaceleração, o sistema de frenagem regenerativa recarrega a bateria, e o motor-gerador também permite um funcionamento mais suave do Start-Stop, mantendo o motor desligado por mais tempo em paradas e reiniciando o propulsor de forma mais silenciosa.
O câmbio automático de seis marchas e a tração 4x4 completam o conjunto, o que faz a picape média ter uma velocidade máxima de 175 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 10,7 segundos.
Outro destaque da Hilux Hybrid 48V é a introdução do sistema Multi Terrain Select (MTS), já presente em modelos como o Land Cruiser. Ativado por um seletor no console central, o MTS ajusta automaticamente os sistemas de controle de tração, força de direção, suspensão e pressão dos freios para otimizar o desempenho em diferentes terrenos.
São seis modos disponíveis: Sand (areia), Mud (lama), Rock (rochas), Dirt (terra), Snow (neve) e Auto (automático). No modo Auto, sensores do veículo conseguem analisar as condições do terreno e aplicar as configurações necessárias. Os modos Sand, Mud, Rock e Auto podem ser usados com tração 4x4 em baixa (L4), enquanto Dirt, Sand, Mud, Deep Snow e Auto funcionam em alta (H4).
As dimensões da Hilux 2025 permanecem as mesmas da geração atual: 5,32 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,86 m de altura e entre-eixos de 3,08 metros. A capacidade de carga também não foi afetada pela eletrificação: a picape mantém a carga útil de até 1.000 kg e a capacidade de reboque de 3.500 kg.
A Hilux Hybrid tem também capacidade de atravessar trechos alagados de até 70 cm de profundidade, graças à proteção contra água dos componentes elétricos.
No interior, a Hilux 2025 mantém o que já conhecemos no Brasil, mas com algumas atualizações. A central multimídia é de 8 polegadas, com suporte a Apple CarPlay e Android Auto sem fio, navegação baseada em nuvem e comandos por voz. O ar-condicionado é automático e digital de duas zonas, e o computador de bordo também com uma nova grafia.
A picape também vem equipada com o pacote Toyota Safety Sense, que inclui piloto automático adaptativo, sistema pré-colisão com detecção de pedestres e ciclistas, alerta de saída de faixa, farol alto automático e câmera 360°. Outros itens são a direção com assistência elétrica e bancos com ajustes elétricos.
A nova geração da Hilux é esperada para 2026 e deve trazer o mesmo sistema híbrido-leve de 48 volts para se alinhar à estratégia global da marca de reduzir emissões e atender às normas ambientais mais rígidas.
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