A chinesa Leapmotor nem chegou ao Brasil, mas já estuda a fabricação nacional. Essa prática é até “comum” por fabricantes chinesas, mas até agora, somente a BYD está construindo sua estrutura fabril no país Segundo a Autoesporte, a Leapmotor se aproveitará do guarda-chuva da Stellantis para agilizar o processo de produção local.
A revista afirma que as conversas ficarão mais intensas nos próximos meses, visto que a marca chegará por aqui ainda em 2025. Os executivos da marca entendem que para o brasileiro adotar a Leapmotor e confiar em seus produtos, será preciso produzir localmente os carros.
Porém, o início da produção por aqui está atrelado justamente à aceitação inicial dos carros da marca e também à demanda pelos carros. A Stellantis cogita produzir os carros chineses na fábrica de Porto Real (RJ), atualmente responsável somente pelos Citroën C3, Aircross e Basalt.
A Autoesporte, por sua vez, afirma que fontes ligadas à questão apontam que o Complexo Industrial de Goiana, em Pernambuco, é a planta favorita para receber a fabricação da Leapmotor.
Atualmente, Goiana é responsável por fabricar Jeep Compass, Renegade, Commander, Fiat Toro e Ram Rampage.
Entretanto, para anunciar a produção local, a Stellantis precisa compreender que a aceitação da marca no Brasil e na região será positiva.
Segundo a revista, a produção em Goiana faz mais sentido, uma vez que a fábrica é mais moderna e há mais incentivos para a produção de carros eletrificados no nordeste, visto que a BYD, uma das rivais da Leapmotor, está construindo sua fábrica na Bahia.
Além disso, a proximidade de Goiana com o porto de Suape - cerca de 110 km -, facilitaria a logística de exportação dos carros da Leapmotor para outros países da América Latina, bem como a chegada de matéria-prima para a produção das baterias, ou os kits prontos.
A produção local de baterias ainda é um grande mistério, mas será fundamental para o sucesso da operação não só da Leapmotor, mas de todas as marcas de carros eletrificados do país.
Na Europa, por exemplo, a Leapmotor fabricará seus carros na planta da Stellantis de Zaragoza (Espanha), que já produz carros elétricos (Opel Corsa e Lancia Ypsilon), mas será vizinha de uma fábrica de baterias de 4,1 bilhões de euros da chinesa CATL, que será parceira da Stellantis em uma joint-venture.
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