Apesar das mudanças visuais apresentadas recentemente, a Volkswagen Amarok está ficando cada vez mais defasada em relação às suas concorrentes. Para mudar esse cenário e com a impossibilidade de produzir a segunda geração europeia por aqui, a marca alemã recorrerá aos chineses da SAIC para produzir a Amarok II sul-americana. Confira o que já sabemos:
Quem é SAIC?
A fabricante estatal chinesa é uma das principais empresas do setor automotivo chinês. Seu crescimento começou na década de 80, quando firmou parceria com a Volkswagen para produzir modelos da marca na China.
A SAIC-VW foi pioneira no sistema de joint-ventures (empresas com capital e controle dividido), mas hoje a SAIC ainda possui esse tipo de parceria com a General Motors, por exemplo, comercializando e até produzindo os carros dessas duas empresas na China.
Hoje, a SAIC também é proprietária da MG (Morris Garage) que tem seus carros rodando em testes no Brasil.
De acordo com o CEO da Volkswagen Argentina, Marcellus Puig, a nova Amarok 2027 será fruto de uma “aliança estratégica histórica” com o grupo SAIC na China. O novo projeto será um desenvolvimento conjunto com compartilhamento de muita tecnologia.
Segundo apuração do Motor1.com Argentina, a picape que servirá como base para esse projeto será a Maxus Interestellar X, a picape média mais recente apresentada pela SAIC.
O que esperar da nova Amarok?
A Maxus Interestellar X tem capacidade de carga de 1 tonelada, capacidade para motores a combustão, híbridos e até mesmo 100% elétricos. Sua construção se destaca pois usa carroceria monobloco integrada a um subchassi.
Esse tipo de construção une o conforto dos carros de passeio, que são monobloco, enquanto a robustez tradicional das picapes médias é reforçada pelo subchassi.
Essa base diferenciada também poderá permitir uma integração entre a cabine e caçamba, podendo permitir a passagem de objetos entre os compartimentos, facilitando o transportes de objetos muito longos. Além disso, nas versões elétricas, será possível contar ainda com um porta-objetos debaixo do capô, o famoso “frunk”.
Na China, o modelo conta com motor 2.5 turbodiesel de 221 cv e 53 kgfm de torque, acoplado ao câmbio ZF de oito marchas. A tração é 4x4 sob demanda com bloqueio de diferencial dianteiro e traseiro, mas sem marcha reduzida, assim como acontece na Amarok atual.
Ainda é cedo para afirmar qual motor a Amarok de segunda geração usará na América Latina. O atual V6 turbodiesel de 258 cv e 59,1 kgfm de torque é um dos grandes trunfos da picape e deverá ser mantido caso consiga ser adaptado às leis de emissões mais rigorosas que entrarão em vigor até 2031 por meio do Proconve L8.
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