As chinesas Omoda e Jaecoo mal desembarcaram no Brasil e já planejam o próximo passo de sua operação. Com a promessa de produção local, as marcas chinesas se movimentam para conseguir uma fábrica para sua operação. Segundo a Autoesporte, o local escolhido será o Ceará, mais precisamente a antiga fábrica da Troller.
Segundo a revista, essa seria a alternativa para que os carros da Omoda e Jaecco sejam produzidos ainda este ano. Apesar de paralisado desde 2021, quando a Ford saiu do país, o polo industrial é controlado pela Comexport desde 2024.
A empresa, especializada em importações, pretende transformar a fábrica em uma estrutura multimarcas, ou seja, poderá produzir modelos da Omoda, Jaecoo e demais marcas que planejam montar carros por aqui. A ideia é utilizar o regime CKD, onde os componentes desembarcam completamente desmontados e o resto do processo será realizado no Ceará.
Segundo Jorge Moraes, do Uol, a Comexport planeja iniciar suas operações ainda este ano com dois veículos. Coincidentemente, Omoda e Jaecoo planejam nacionalizar seus dois modelos ainda este ano.
As fontes ainda afirmam que outra marca chinesa, a Neta Auto, também negocia a produção local com a Comexport. Nesse caso, a operação seria de quatro carros, elevando o volume para seis modelos. Porém, a Neta só oferece dois veículos no Brasil: Aya e X.
Produção deve ser temporária
Omoda e Jaecoo são duas marcas sob o controle da Chery. No Brasil, a Chery é representada pela Caoa, que tem fábricas em Anápolis (GO) e Jacareí (SP). A estrutura em São Paulo foi bancada pelos chineses e inaugurada em 2014, mas está paralisada desde 2022.
Chery e Caoa fecharam um acordo para doar parte do terreno para a Omoda e Jaecoo. Nos planos originais, a área de 436 mil m² daria origem a uma fábrica de motores da Chery, que nunca chegou a ser executada.
Essa parte do terreno não tem edificações, e levantar toda a estrutura necessária levaria muito tempo. Portanto, a alternativa de Horizonte faz sentido no primeiro momento para a marca.
BYD e GWM também devem começar a produção em breve
Além da Omoda e Jaecoo, GWM e BYD já possuem planos de produção mais avançados no Brasil. Enquanto a BYD prepara o antigo complexo da Ford em Camaçari (BA) e pede redução de impostos, a GWM avança na preparação da fábrica de Iracemápolis.
Segundo Andy Zhang, CEO da GWM, a fábrica no interior de São Paulo será inaugurada no segundo semestre, mais precisamente a partir de agosto. A expectativa é de produzir entre 6 e 7 mil carros em 2025.
Vale lembrar que a partir de julho de 2026, a tributação para carros importados atingirá seu ápice. Atualmente, a alíquota de híbridos é 25%, híbridos plug-in pagam 20%, enquanto os elétricos atualmente pagam 18% de imposto.
Em julho deste ano, as alíquotas subirão para 30%, 28% e 25%, respectivamente, antes de chegar aos 35% para todos os tipos de motorização a partir de julho de 2026.
- Acompanhe o VRUM também no Dailymotion e no YouTube!
Fonte: Autoesporte