O BYD Dolphin Mini irá ganhar uma nova cara ainda neste ano. O elétrico mais vendido do Brasil, lançado em fevereiro de 2024, vai receber um facelift de meia-vida, como já aconteceu na China. Essa mudança deve ocorrer no segundo semestre de 2025, quando a montadora chinesa irá dar início a produção nacional de seus veículos na fábrica de Camaçari (BA).
De acordo com o Auto+, Stella Li, vice-presidente executiva da BYD e CEO nas Américas, confirmou os planos da montadora chinesa para o Brasil. O Dolphin Mini será um dos primeiros a sair da linha de montagem em Camaçari, com produção prevista para o segundo semestre de 2025, inicialmente no regime SKD (montagem parcial com peças importadas) e evoluindo para CKD (montagem completa com pintura local).
O facelift, já apresentada na China, deve trazer um para-choque dianteiro e traseiro com novos elementos. A dianteira vai receber um novo design decorativo e a traseira novos refletores mais verticais, também com design decorativo.
A grande novidade, porém, fica para as câmeras 360°, que terão câmeras no para-choque dianteiro e espelhos retrovisores laterais — essas diferenças foram aplicadas na China, então é esperado aqui para o Brasil também.
A fábrica baiana, que enfrentou atrasos por questões trabalhistas e burocráticas, já está a todo vapor para entregar o hatch renovado, junto com modelos como Dolphin GS, Plus e os SUVs Song Pro, Plus e Yuan Plus.
O Dolphin Mini atual é o elétrico mais vendido do Brasil em 2024 e 2025 segue no mesmo caminho. O subcompacto elétrico custa R$ 118.800 na versão de quatro lugares e R$ 122.800 na de cinco lugares. Com motor elétrico de 75 cv e 13,8 kgfm de torque, ele tem autonomia de 280 km (ciclo Inmetro) com bateria de 38 kWh.
Mesmo com as mudanças suas dimensões irão permanecer a mesma, ou seja, 3,78 m de comprimento, 1,71 m de largura, 1,58 m de altura, 2,58 m de entre-eixos e porta-malas de 230 litros.
Como itens de série o Dolphin Mini oferece freios ABS, controle de tração e estabilidade, seis airbags, câmera 360°, faróis LED, rodas de 16” (pneus 175/55 R16), ar-condicionado, direção elétrica, piloto automático, freio de estacionamento eletrônico com auto-hold, chave presencial e painel digital. Para completar, o banco do motorista tem ajuste elétrico, e o volante regula altura e profundidade.
A produção nacional pode reduzir ainda mais o preço, já que a BYD planeja nacionalizar até 70% das peças em cinco anos, incluindo baterias. A fábrica de Camaçari, comprada por R$ 287,8 milhões com investimento de R$ 5,5 bilhões, terá capacidade inicial de 150 mil unidades por ano, podendo dobrar para 300 mil até 2027, segundo a montadora.
Apesar dos atrasos, causados por denúncias de condições precárias de trabalho e embargos do Ministério Público do Trabalho, a BYD ajustou o canteiro, contratou um consórcio brasileiro e criou um comitê de compliance para garantir o cronograma.
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