Quer espaço mais natural para namorar do que um carro? Afinal, o automóvel costuma ser um cenário comum a todos os relacionamentos, independentemente de ser o primeiro encontro ou não. E por que não aproveitar o ensejo do Dia dos Namorados para elencar alguns carros que já estiveram em listas de melhores modelos para paquerar?
CHARME O portal Jalopnik fez uma pesquisa em janeiro passado, com direito até a recomendação de melhores posições. Na enquete do site, o Aston Martin DB5 é citado. Para quem não lembra, é o famoso carro eternizado pela série 007, onde apareceu pela primeira vez em Goldfinger, de 1964. No caso das mulheres, o lado afrodisíaco pode até ficar pela lembrança do galã Sean Connery. Na versão Shooting Brake escolhida pelo site, o espaço interno é mais generoso, justamente para levar os apetrechos de caça dos ricaços. Um carro criado para caçar presas, mesmo que sejam do sexo oposto.
QUARTINHO Lembra daquelas camas em formato de carro de corrida? Já que transar dentro de um carro em via pública é proibido pelo artigo 233 do Código Penal, que classifica a relação como ato obsceno, por que não apelar para o modelo mais seguro da lista do Jalopnik: uma daquelas camas para crianças em formato de carro de corrida? Se o lance é recriar uma grande cama com facilidade, pode-se pensar em uma minivan como o Nissan Grand Livina, cujos bancos podem ser rebatidos em conjunto. Os carros menores também não ficam de fora. É o caso do Renault Twingo, que mesmo com 3,43 metros de comprimento foi lembrado novamente por Veículos graças à possibilidade de rebatimento total dos bancos.
ALAVANCA A necessidade de espaço livre entre os bancos dianteiros, que tanto favoreceu carros clássicos com bancos inteiriços, a exemplo do Ford Galaxie ou Chevrolet Opala, pode virar o jogo atualmente a favor dos insuspeitos monovolumes. É o caso do Citroën C4 Picasso, cuja alavanca do câmbio automático fica na coluna de direção. De quebra, o espaço ainda libera um nicho no console, que serve como refrigerador. Melhor, só uma suíte. Só tome cuidado com a ampla área envidraçada do monovolume. A posição da alavanca é tão determinante que o site Autoquake colocou a Ferrari 458 Italia entre os escolhidos. E não é por conta da capacidade de excitar marmanjos não: é que o modelo só tem opção de câmbio automatizado, sem aquela protuberante e fria alavanca de metal dos superesportivos da marca. Afinal, o toque gelado do metal pode botar tudo a perder.
FETICHE O Ford Crown Victoria ficou famoso como carro de polícia. E não está na lista do Jalopnik por conta de possíveis fetiches com uniformes policiais. É que o grande sedã tem banco traseiro macio e espaçoso. E, como o site mesmo diz, “parece com um carro de polícia, o que significa que poucas pessoas vão perturbar você”. Será que uma Chevrolet Blazer teria o mesmo efeito por aqui? Agora, se o assunto é fetiche, ninguém ganha da indicação do Papamóvel, aquele Mercedes-Benz ML envidraçado. Que pecado!
KOMBÃO Diante de tantos concorrentes sofisticados, a Volkswagen Kombi foi a eleita pelos internautas em enquete do Vrum sobre qual é o melhor modelo nacional para se fazer sexo, com 26,24% dos votos. O Chevrolet Vectra, que na versão sedã é bem espaçoso, ficou em segundo lugar, marcando 8,4%. É que a Kombi pode estar desatualizada e não oferecer índices aceitáveis de segurança. Mas na hora de virar ninho do amor, é tão polivalente quanto sempre.
LIMUSINES O banco das limusines ainda é um espaço bem cotado. Pudera, com bancos em couro, minibar e divisória entre motorista e passageiros traseiros, os carrões são dos que oferecem mais privacidade. Basta lembrar de cenas clássicas do cinema, como no filme Sem saída, de 1987, em que o oficial Tom Farrell (Kevin Costner) troca uns amassos com a bela Susan Atwell (Sean Young). Na hora em que o motorista estava mais curioso, bastou o toque de um botão. Gostou? Sai pelo menos uns R$ 400, mas a noite inteira com bebidas e tudo custa R$ 1.500.
ALFA Grandes histórias de amor do cinema também têm a sua influência. Ainda na eleição do Autoquake, o Alfa Romeo Spider aparece como a melhor escolha para o amor entre uma mulher madura e um jovem, possivelmente recém-formado. É uma referência ao filme A primeira noite de um homem, de 1967, em que o jovem Benjamin Braddock (Dustin Hoffman) se envolve amorosamente com a mulher de um amigo do pai, a senhora Robinson (Anne Bancroft). Só falta a trilha sonora romântica embalada por Simon e Garfunkel. A década de 1960 também é referenciada pelo Mini Cooper. Mesmo apertado, o modelo foi escolhido como uma forma de reproduzir o amor que rolava solto naquela época.