"Você já pensou em ter um Mercedes?" Foi esse o slogan usado pela montadora quando lançou o Classe A no Brasil em 1999. A ideia de 'popularizar' a marca com um carro que na época custava menos de R$ 30 mil não foi pra frente, mesmo com a produção nacional, em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais.
Hoje, o Classe A voltou novamente com o propósito de ser um carro para a 'massa', mas importado, sua tabela inicia em R$ 99,9 mil. Já a versão Urban, chega por R$ 109,9 mil. Obviamente que não é o mesmo carro, eles nem se parecem. Agora, o Classe A se dirije aos jovens. Simbolizando a nova abordagem, um dos vídeos de apresentação do modelo usa o famoso funk 'Lek lek lek', do grupo carioca Os Leleks.
A Mercedes-Benz do Brasil explicou o uso da música em sua campanha de marketing. "O vídeo viral criado para o novo Classe A com a música "Lelek lek lek" teve por objetivo desenvolver uma ação de alto impacto para a chegada desse veículo tão esperado no Brasil, de forma inovadora e proveitando um dos estilos musicais que mais crescem no país. Mas ele não resume a ação de lançamento em si", explicou o fabricante ao público.
Você está em dúvida se o carro vai pegar no mercado? As concessionárias de todo o Brasil já estão fazendo os pedidos. Em Belo Horizonte, a Minasmáquinas já recebeu uma unidade que servirá os clientes interessados no test-drive e aguarda a chegada de outra para o showroom nos próximos dias. "Todos os dias chegam emails e pessoas aqui na loja interessadas no Classe A, querendo saber sobre preços e prazo de entrega, mas por enquanto avismaos que o cliente poderá vir assinar uma intenção de compra e que os carros serão entregues por ordem de chegada", diz o gerente geral da Minasmáquinas, Ronaldo Oliveira. Como as cotas de importação do Classe A são limitadas, é possível que o cliente enfrente uma fila consideravelmente grande para receber as chaves do carro novo. A Minasmaquinas garante que não haverá ágio e que os preços estipulados pela Mercedes serão praticados de forma rigorosa. Não há opcionais para o Classe A, mas a concessionária irá oferecer acessórios como bancos em couro para a versão de entrada e sensores de estacionamento, que não estão disponíveis em nenhuma versão do novo Classe A.
Na versão Style serão entregues airbags dianteiros e laterais para motorista e passageiro, de joelhos para o motorista e windowbags, ar-condicionado digital, bancos esportivos em couro, ECO start/stop, piloto automático e limitador de velocidade, rodas de liga-leve de 16 polegadas, sensor de chuva e volante multifuncional com borboletas para troca de marcha.
Andamos na versão mais cara, a Urban, de R$ 109,9 mil, que além dos itens da Style, a Mercedes acrescenta faróis bi-xenônio com luzes diurnas de LED, limpadores de faróis, rodas de liga-leve de 17 polegadas e volante multifuncional em couro Nappa.
As duas versões têm em comum o motor 1.6 turbo, de 156 cavalos de potência e 25,5 kgfm de torque. O novo Classe A utiliza transmissão DCT (dupla embreagem) de sete marchas e, segundo a montadora, acelera de 0 a 100 km/h em 8,3 segundos. A velocidade máxima é de 224 km/h.
A ergonomia é um dos pontos altos do modelo. Com os bancos dianteiros que imitam o tipo 'concha', o condutor fica mais confortável e bem à vontade, com os principais comandos ao alcance da mão. Como no Classe B, a alavanca de seleção de marchas está localizada na coluna de direção, o que não condiz muito com a proposta esportiva do carro, mas há opções de trocas em aletas atrás do volante.
A falta do sensor de estacionamento é uma grande mancada para um veículo de R$ 100 mil, sendo que hoje até modelos de categoria inferior, como o Polo, já entregam o equipamento como item de série em todas as versões.
Concorrentes
Sucesso de vendas na Europa, o Classe A quer ter o mesmo feito aqui no Brasil. Para isso, ele terá que chamar mais a atenção do público alvo do que o BMW Série 1, Volvo V40 (que chegará em breve) e os Audi A1 e novo A3, que será lançado ainda neste mês.