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Antigos do Brasil - O pequeno da GM

Formada por sedã de duas e quatro portas, hatch, perua e picape, a família Chevette era bem completa. Modelo teve vida longa, sobrevivendo até meados dos anos 1990

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Foto:

De olho no mercado dos compactos, a Chevrolet lançou o Chevette em

1973. Até então, a marca tinha apenas o Opala e sua pequena família

para brigar entre os automóveis nacionais. O modelo ganhou as mesmas

linhas da quarta geração do Opel Kadett europeu, só que, com o detalhe

de ter chegado por aqui com meses de antecedência em relação ao Velho

Continente.

A primeira carroceria produzida no Brasil foi a do

sedã de duas portas. O três volumes tinha faróis circulares

emoldurados, luzes de direção localizadas abaixo do para-choque, grade

com lâminas finas e lanternas retangulares. As colunas C traziam uma

grade, sendo a da direita o acesso para o bocal do tanque de

combustível, localizado atrás do banco traseiro.

O motor que

empurrava o Chevette era um 1.4 litro, com potência de 68cv brutos,

câmbio de quatro marchas e tração traseira. Com coluna de direção não

penetrante, freio com sistema hidráulico duplo e pisca alerta de série,

além de freios dianteiros a disco como opcional, o modelo foi

considerado atual para o mercado brasileiro.

As dimensões do

compacto eram 4,12m de comprimento, 1,57m de largura, 1,32m de altura e

2,39m de entre-eixos. O veículo pesava 880 quilos. Por dentro, o espaço

traseiro não era dos melhores, aspecto agravado pelo túnel central no

assoalho, que atrapalhava o passageiro que estava no meio.

Em

1975, foi lançada a versão Especial, mais espartana, sem calotas e

frisos. Mas o que mudou mesmo foi o interior, que ganhou acabamento

simplificado e materiais piores. No mesmo ano, chegou ao mercado a

versão esportiva GP, com faixas pretas no capô, laterais e na tampa do

porta-malas, faróis de neblina, mas o mesmo motor. Dois anos depois, a

Chevrolet faria outra tentativa com o GP II, mas novamente sem sucesso.

FAMÍLIA

O Chevette passou pelo primeiro face-lift em 1978, adotando grade

bipartida, vincos no capô e novo desenho da lanterna, que continuou com

mesmo formato. No ano seguinte, o modelo finalmente ganhou uma família.

Apesar de não ser muito popular por aqui na época, a carroceria de

quatro portas passou a ser disponibilizada. O hatch trazia a

praticidade da terceira porta e os bancos rebatíveis. Para quem

precisava de espaço sem abrir mão do banco traseiro, o ideal era a

perua Marajó. Para completar a família, a picape Chevy 500, única do

mercado com tração traseira, que só chegou em 1984.

As novidades

de 1980 eram a lanterna, bem maior, e os para-choques mais largos e com

aplique de plástico. Naquele ano, o motor 1.4 a álcool, com 69cv

brutos, passou a ser uma alternativa. No ano seguinte, o modelo adotou

faróis quadrados. Também em 1981, chegou a versão esportiva do hatch,

denominada SR, com motor 1.6 a gasolina (76cv líquidos), faróis de

neblina, aerofólio, faixas em degradê e forração quadriculada nos

bancos.

A reestilização mais abrangente viria em 1983, com

faróis retangulares, grade inteiriça, frisos laterais em plástico,

lanternas retangulares, capô e tampa traseira mais planos. Nas

laterais, a novidade era a incorporação de quebra-ventos. O motor 1.6,

que ganhou a opção a álcool (72cv líquidos), equipava toda a linha. Em

1985, o modelo passou a ter como opcional o câmbio automático. Em 1987,

o Chevette passaria por discretas alterações, com lanternas maiores,

novos para-choques e grade.

Em 1985 o Chevette ganhou opção de câmbio automático; mordomia foi até 1990



O FIM Nesse mesmo

ano, as carrocerias hatch e quatro portas deixaram de ser produzidas.

Em 1988, a linha adotou o motor 1.6/S, um pouco mais nervoso (81cv com

álcool e 73cv com gasolina), com carburador de corpo duplo. No ano

seguinte, a produção da Marajó foi encerrada. O malfadado Chevette

Junior, com motor 1.0 litro de 50cv e acabamento simplificado, chegou

ao mercado em 1992. Um ano depois, a Chevrolet fez outra tentativa de

tornar o modelo popular, lançando a versão L, com acabamento espartano

e o motor 1.6. Porém, ainda em 1993, o sedã de duas portas saiu de

linha, restando apenas a Chevy, que subiria no telhado apenas dois anos

depois.