Uma picape capaz de fazer frente à Fiat Toro, porém com poucas chances de chegar ao mercado brasileiro, esta é a Hyundai Santa Cruz. Após anos de ensaio, a marca coreana finalmente apresentou o modelo, com dimensões intermediárias entre as compactas e as médias.
Esta é uma das principais vantagens deste segmento predominantemente urbano, que une o conforto e o status de uma picape média com a praticidade de rodagem um pouco mais próxima das compactas, fundamental no trânsito caótico das grandes cidades.
Construída em estrutura monobloco, a Santa Cruz tem 4,97 metros de comprimento, 1,90m de largura e 1,69m de altura. Com 1,23 metro de comprimento, a caçamba tem uma capota marítima que se recolhe eletricamente, que parece se enrolar como uma cortina.
A marca destaca a capacidade deste sistema para impedir a entrada de água e poeira no compartimento de carga. No quesito lifestyle, a caçamba seria fundamental nas escapadas da cidade, para o campo ou para a praia, transportando pequenas cargas ou equipamentos esportivos.
Mas, o que mais atrai é o design da Santa Cruz. O destaque é o conjunto óptico, com luzes de rodagem diurna integradas à enorme grade tridimensional e o resto dos elementos luminosos reunidos em nichos nas extremidades do para-choque com visual esculpido. As linhas são poderosas, com capô vincado, caixas de roda anabolizadas, linha de cintura alta e para-brisa inclinado. Toda a base da lateral é protegida por apliques em plástico. O porte da picape não obriga o uso de estribos, que ficam mesmo estranhos em veículos baixos. As rodas são de 20 polegadas.
Ciente do uso urbano e cotidiano das picapes, a Hyundai incluiu soluções que podem convencer a quem se acostumou com os automóveis. A falta de porta-malas é um problema na hora de ir ao supermercado de picape, e a solução é colocar as compras sobre os bancos e no assoalho.
Fora que tudo na cabine fica exposto, aos olhos dos amigos do alheio. Para evitar estas situações, a Santa Cruz tem um compartimento abaixo do banco traseiro, assim como sob o assoalho da caçamba, onde tudo fica discreto e organizado.
No painel, destaque para o quadro de instrumentos digital, que não é equipamento de série, mas tem um visual bastante interessantes. O sistema multimídia tem tela tátil de 8 ou 10 polegadas. Com 3 metros de entre-eixos, 1 centímetro a mais que a Fiat Toro, a picape tem um bom espaço interno. Os ocupantes do banco traseiro contam com saída de ar-condicionado exclusivas, melhorando a climatização. O assento do banco traseiro pode ser rebatido para levar bagagens naquele espaço, em detrimento de passageiros.
As versões de entrada trazem um motor 2.5 a gasolina, com injeção direta, que gera 192cv de potência e 24,8kgfm de torque, conjugado com câmbio automático de 8 marchas. Já as versões mais caras trazem o mesmo motor, porém com turbo e injeção direta, que elevam a potência para 278cv e o torque para 42,8kgfm. Para esta versão, a transmissão é automatizada de dupla embreagem com oito velocidades. A tração é integral em todas as versões, com diferentes modos de condução de acordo com o terreno.
A lista de equipamentos é enorme, com itens desejáveis como teto-solar, chave presencial e controle de cruzeiro adaptativo. O pacote de segurança traz assistente de manutenção de faixa, frenagem autônoma de emergência e câmeras 360 graus. Ainda sem preço revelado, o modelo será fabricado nos Estados Unidos, onde estreia no meio do ano.