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Aston Martin DBS - Licença para voar

Célebre por ser o carro oficial de James Bond, o cupê é o segundo mais rápido superesportivo da nobre marca inglesa. Preço no Brasil parte de R$ 1,25 milhão

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Qual é o carro de James Bond? O Aston Martin DB5 de Goldfinger, certo? Errado. Afinal, o personagem mudou com os tempos, passando por vários atores, épocas e automóveis a partir de 007 contra o satânico Dr. No, de 1962. Desde 2006, quando a franquia foi repaginada com Daniel Craig em Cassino Royale, o carro da vez é o Aston Martin DBS. Ao contrário do ator britânico, o DBS não era estranho à telona: a primeira geração, de 1967, estava nos 007 A serviço de sua majestade, de 1969, e Os diamantes são eternos, de 1971, com George Lazenby e Sean Connery, de volta ao papel. É justamente o jeito de galã e a fama que escalaram o DBS na série Carros dos sonhos. 

 

Deixando o mundo da intriga internacional para trás, o Aston Martin DBS parece ser um DB9 em traje de corrida. E é, como entrega o estilo original traçado pelos designers Ian Callum e Henrik Fisker. Curiosamente, Fisker, atualmente associado à marca de elétricos Fisker, já havia desenhado um Bond car: o roadster BMW Z8 de O mundo não é o bastante.



Esguio, como preza uma estrela de cinema, o DBS mede 4,72m de comprimento, com 2,74m de entre-eixos e 1,90m de largura, para apenas 1,28m de altura. O espaço é suficiente para dois passageiros, mas, opcionalmente, o DBS pode ganhar pequenos bancos traseiros. O peso aparentemente alto de 1.695kg não é tanto para o tamanho e motorização do cupê, no que ajuda a estrutura em alumínio, também presente na carroceria, que tem partes em magnésio e fibra de carbono.

PONY CAR Criado com base no DB9, o DBS segue a receita dos pony car, motorização mais forte em um carro menor e mais leve. No caso, o V12 6.0 litros e 48V dos bólidos de pista DBR9 e DBRS9. São 517cv a 6.500rpm e 58,1kgfm de torque a 5.750rpm. O câmbio de série é um manual de seis marchas, mas há opção de automático de seis velocidades. O desempenho é suficiente para perseguir ou fugir de qualquer vilão: da imobilidade aos 100km/h passam-se 4,3 segundos e a velocidade máxima chega aos 307km/h. O fôlego escora-se nas suspensões de braço duplo triangular, como nos monopostos de corrida, dotadas de amortecedores eletrônicos ativos. As rodas aro 20 ajudam com pneus 245/35 na dianteira e 295/30 na traseira, criados especialmente para o DB5, tal como o diferencial de deslizamento limitado, que ajuda a transferir a força às rodas traseiras. Os freios a discos cerâmicos também são de ponta.



ROLLS A ignição é feita com a inserção de uma unidade de controle emocional (ECU ou Emotion Control Unit), nada mais que um cartucho em aço inoxidável e vidro que brilha vermelho quando se dá a partida. Momento de cinema, com direito à trilha sonora do rosnar do V12. A exemplo da Bentley e Rolls-Royce, a Aston é conhecida pelo luxo artesanal. É como um terno sob medida das alfaiatarias de Saville Row, Londres. O couro tem menos pigmentação para manter o visual granulado e o aroma forte. As poltronas são em Kevlar, composto leve usado em coletes e carros blindados, mas sem perder os ajustes elétricos.

O acabamento também abusa da fibra de carbono. Entre os itens de série, além dos esperados ar-condicionado digital e direção assistida, o DBS tem som da dinamarquesa Bang & Olufsen e até um guarda-chuva de série, em razão do clima cinzento da Inglaterra. Afora airbags dianteiros e laterais, freios ABS e controles eletrônicos de tração e de estabilidade. Refinamentos que se unem à mística de astro para explicar os R$ 1,25 milhão pedidos pelo DBS no Brasil, onde a marca conta com representante desde 2010.

Apesar de ser um automóvel para duas pessoas, o cupê mede 4,72m de comprimento