De Ingolstadt, Alemanha - A estratégia da marca dos quatro anéis foi dotar o A4 de soluções de engenharia mais avançadas já presentes no cupê A5 e nos sedãs A6 e A8. Para não ir muito longe, o sistema do som do carro é Bang&Olufsen;, com 14 alto-falantes.



Na verdade, o A4 virou uma espécie de modelo três volumes do novíssimo cupê A5, apresentado no início de 2007 (Salão de Genebra). Aliás, dá para confundir os dois modelos ao entrar no A4, pois seu elegante e requintado painel e acabamento interno são idênticos aos do A5. Nada a ver com a versão anterior, que pecava também nesses detalhes.

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O automóvel que a Audi me cedeu na Alemanha tinha o excelente motor 3.2 FSI, V6 de 265 cv, câmbio manual de seis velocidades. Com esse motor (tem também o 1.8 de quatro cilindros de 120 cv ou 160 cv) a tração integral (Quattro) é de série.

Se acelera? É brincadeira, para um sedã pretensamente familiar: até 100 km/h em apenas 6,2 segundos, mesmo tempo que um Porsche Cayman...

Se faz curva? É só imaginar que tem suspensão multi-link na dianteira e traseira, além da tração nas quatro, 60% atrás, 40% na frente em condições normais. Em relação ao antigo A4, a fábrica ainda "empurrou" o eixo dianteiro 15 cm para frente, deixando o motor mais "entre-eixos" e com melhor distribuição de peso.

Tem espaço? Os 15 centímetros adicionais de entre-eixos refletem positiva e diretamente no joelho de quem vai atrás...

Ergonomia? Não deixa a desejar: o carro se encaixa no motorista como um terno cortado por um alfaiate de grife.

Porta-malas? De carro grande, pois são 480 litros. Com o encosto traseiro rebatido, o volume sobe para 962 litros.

Modernidades
A engenharia da Audi decidiu sofisticar o novo A4 valendo-se de modernidades tecnológicas desenvolvidas nos últimos anos para os modelos maiores da marca, como o A6 e o A8. Os principais componentes da suspensão são de alumínio, como no A8.

Luzes
É só ligar o carro que se acendem 14 leds na parte inferior de cada bloco ótico. Um charme que ajuda na segurança.

Escolha
O carro se comporta ao gosto do freguês. Um botão no console permite ao motorista decidir se quer o carro mais confortável, esportivo ou normal. O ?Drive Select System? atua no motor (coletor de admissão), nos amortecedores (que podem abaixar o carro até 20 mm), na direção e na caixa de marchas (caso da automática). Mas o motorista pode também interferir num dos ajustes, criando uma quarta opção de desempenho.

Tração
Além de ter tração nas quatro rodas, o diferencial tipo Torsen distribui a força 60% no eixo traseiro, 40% no dianteiro. Mas, muda esse percentual de acordo com as características do piso e do motorista.

Direção
Reduzir a assistência quando a velocidade aumenta não é novidade. Mas variar também a relação do diâmetro de giro, tornando a direção mais direta, só em carros muito sofisticados.

"Lane Assist"
Na estrada, se o carro muda de faixa sem que o motorista tenha acionado a seta, é sinal de que ele está distraído ou cochilando. Sensores percebem e chacoalham o volante para ?acordá-lo?.

Ultrapassagem
Radares no retrovisor externo do motorista vigiam os veículos que vêm atrás. Se o motorista decide fazer uma ultrapassagem perigosa, luzes na lateral do espelho piscam para evitar a manobra.

Controle de distância
O sistema ACC mantém sempre o carro a uma distância do carro que vai à frente, acelerando e freando automaticamente.

No Brasil
O Audi A4 será importado para o Brasil apenas no segundo semestre, com lançamento previsto para a época do Salão do Automóvel, em outubro. Apesar das novidades tecnológicas e mais eletrônica embarcada, seu preço deverá ser próximo ao da versão atual: R$ 230 mil com motor V6 e câmbio automático Tiptronic.

Resumo
A concorrência (BMW Série 3 e Mercedes Classe C) vai pular miudinho com esse novo A4...

(*) Jornalista viajou a convite da Audi