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Bancos em couro - De fábrica sai mais caro

Estofamento acompanha tendência do preto na pintura. Algumas marcas oferecem opções vibrantes agregadas a outros equipamentos, enquanto lojas instalam por preços menores

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Prata e preto são as cores prediletas do brasileiro na escolha de carro zero-quilômetro. Para os bancos de couro, a sobriedade se mantém. Ainda sim, fabricantes, como a Volkswagen, oferecem opções que vão do bege ao bordeaux para modelos importados, como o Beetle. ?O consumidor opta pelo preto na maioria das instalações, seja em carros novos ou usados?, revela o sócio-diretor da Courotec, loja especializada em couro, Ivandro Merlo.

Segundo o profissional, o estofamento pode ser natural, sintético ou mesclado, com partes divididas entre 70% e 30%, na ordem. A diferença está nos preços da instalação, que vão de R$ 1 mil a R$ 1,6 mil, em média. ?O couro sintético leva um apelo ecológico, mas a durabilidade é menor, já que seu desgaste com o corpo humano é maior. Em compensação, é mais barato que o de couro natural?, diz a supervisora da SafetyCar, empresa do mesmo ramo, Vânia Miranda.

Comparado ao tecido e ao veludo, o couro tem a vantagem da praticidade e higienização, sendo ideal para quem transporta crianças, que costumam sujar além da conta. Para remover o indesejável, basta aplicar produtos adequados. ?A limpeza deve ser feita a cada 15 dias, com água e sabão de coco?, alerta o consultor da unidade de bancos de couro da Sulam, Guilherme Tonin. O profissional recomenda ainda a aplicação de vaselina líquida a cada três meses, com pano ou buchas umedecidos, por no mínimo 10 horas, para hidratar e evitar ressecamento.

Tanto Merlo quanto Tonin concordam que os furinhos presentes no centro do banco ou extremidades são mero adereço estético. ?É uma solução de design que na prática não altera a temperatura?, comenta Merlo. Tonin salienta que todos os bancos em couro esquentam da mesma forma, pois preservam a temperatura ambiente ?Num carro sem ar-condicionado, sob o calor, sofre-se para dirigir?, avalia.

De fábrica Quem não abre mão do couro de fábrica paga mais pelo estofamento de origem animal, quase sempre agregado a outros equipamentos. É o caso do Chevrolet Captiva 2.4, que na linha 2011 passou a ter opção de couro cinza claro também para volante e manopla de câmbio, além de ar-condicionado digital e bancos dianteiros com aquecimento, por mais R$ 3 mil. De série na versão V6 do utilitário-esportivo vindo do México, o couro é bege, mesmo tom escolhido pela Mercedes-Benz para o nova versão 180 Kompressor do sedã Classe C. ?A cor do couro geralmente segue o tom adotado no acabamento interno do painel, portas e outras partes?, salienta Miranda.

No Volkswagen Jetta há quatro opções para o cliente: bege natural, bege sintético, bege escuro e sintético e preto sintético. Com aquecimento, ajuste elétrico do encosto do motorista e airbags frontais, o preço do sedã sobe R$ 4.225. Já a linha 2011 do Ford EcoSport traz variações de preto e marrom para as versões topo de linha 4WD e XLT. As concessionárias Pisa e BHFor Contorno instalam forração em couro natural para o modelo por R$ 1.600 e R$ 1.300, na ordem. De fábrica, combinado a airbags e freios ABS, o tecido sintético custa R$ 2,7 mil.