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Start-stop: cuidados para trocar a bateria dos carros equipados com essa tecnologia

Automóveis com essa tecnologia possuem baterias avançadas, com ciclo de vida até três vezes maior do que as baterias convencionais

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Sistema desliga o motor automaticamente durante as paradas para reduzir o consumo de combustível
Sistema desliga o motor automaticamente durante as paradas para reduzir o consumo de combustível Foto: Sistema desliga o motor automaticamente durante as paradas para reduzir o consumo de combustível

De acordo com estudos realizados pela empresa BorgWarner (fornecedora automotiva multinacional), o número mundial de carros com start-stop deve saltar de 42%, em 2017, para 65%, em 2027. E as baterias são parte importante desse sistema.

Você sabe o que é a tecnologia start-stop?

O sistema start-stop é uma tecnologia da indústria automobilística que faz com que o motor do carro seja desligado automaticamente durante uma parada, economizando combustível e reduzindo as emissões de gases poluentes na atmosfera.

https://www.youtube.com/watch?v=OxK-91OEQ8A

Vídeo da Renault explica a tecnologia

Quando o motorista pisa no freio e faz uma parada completa, como num sinal vermelho, o motor do carro automaticamente desliga. Assim que o pé é retirado do pedal, o motor é reiniciado, sem demorar.

A tecnologia funciona perfeitamente bem e cumpre o que promete. No entanto, é preciso ter atenção com a bateria do carro. Caso ela dê problema num veículo que possua a tecnologia start-stop, é muito importante que o modelo seja trocado por um exemplar correto.

Cuidados na reposição de baterias

Carros com sistema start-stop vêm originalmente com baterias avançadas, de modelo AGM (Absorbent Glass Mat – Manta de Fibra de Vidro Absorvente) ou EFB (Enhaced Floodes Batteries – Baterias Inundadas Aprimoradas). Elas não podem ser trocadas por modelos convencionais SLI Flooded (Starting, Lighting, Ignition – que significa Partida, Iluminação, Ignição, Inundada).

Quem explica é Luiz Fernando da Cruz, engenheiro de design de produto da Clarios/Heliar. A empresa produz baterias que equipam dois em cada três veículos produzidos no Brasil. “Durante o processo start-stop, a bateria precisa garantir energia constante para todas as outras funcionalidades e ir muito além de apenas ligar o carro. Utilizar um modelo convencional pode fazer com que sua vida útil seja muito menor”, avisa.

Segundo Luiz, esses dois modelos de baterias são desenvolvidos para poder suportar uma quantidade maior de ciclos de partida. “Enquanto um veículo convencional, sem start-stop, faz em média de seis a oito ciclos de partida (ignição) por dia, o veículo equipado com a tecnologia start-stop registra aproximadamente 200 ciclos”, destaca.

Com um ciclo de vida até três vezes maior do que os modelos convencionais, as baterias AGM e EFB são, portanto, ideais para veículos com demandas de energia particularmente altas. Além disso, a bateria AGM também garante que o motor sempre dê partida de forma confiável após cada parada no modo start-stop.

Luiz Fernando aconselha: “As baterias AGM instaladas como padrão devem ser substituídas apenas por outras AGM. Isso também vale para o caso das EFB, ou seja, nunca devemos trocar uma bateria de tecnologia avançada por uma convencional”, frisa.

Por conta do sistema eletrônico embarcado nos veículos start-stop, a troca pode exigir cuidados especiais. No momento de conectar e desconectar as baterias, é necessário atenção redobrada para evitar problemas como a desconfiguração do sistema de gerenciamento de energia ou até danos.

Os carros híbridos e elétricos normalmente adotam baterias AGM porque essas têm a capacidade de receber constantemente energia proveniente de outros sistemas, como o de freio regenerativo, por exemplo, que transforma a energia cinética das rodas em elétrica e a envia para as baterias e alternadores inteligentes.

https://www.youtube.com/watch?v=S9sP77N_DYE

Hyundai apresentou o Creta 2020 com o sistema Start-Stop