A Bentley cada vez mais se afasta da antiga companheira Rolls-Royce. Como prova o Continental Supersports conversível, a versão aberta do modelo mais esportivo da tradicional marca britânica, pertencente ao grupo Volkswagen, que será levado ao Salão de Genebra. Como todo superesportivo, o ponto de destaque está escondido sob o capô. Trata-se de um motor W12, com duas bancadas de seis cilindros posicionadas em um ângulo estreito. Equipado com dois turbocompressores e sistema flex de alimentação - capaz de rodar com E85, 85% de etanol com 15% de gasolina -, o bloco é capaz de gerar 630 cv de potência e 81,5 kgfm de torque.
O suficiente para tornar o carro o mais rápido conversível de quatro lugares, de acordo com a Bentley. Uma afirmação que pode ser corroborada pelos números de desempenho. De zero a 100 km/h são necessários apenas 4,2 segundos, 0,3 segundos a mais que o cupê, com uma velocidade máxima de 325 km/h. O consumo médio declarado de 5,8 km/l não entusiasma, nem as emissões de 388 g/km de CO2 - dióxido de carbono.
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Ainda que não se trate de um peso-pena, o Continental Superesports é 90 kg mais leve do que o GTC Speed conversível. O alívio de peso motivou a troca de vários componentes, o que deixou o carro com nada enxutos 2.395 kg, o que só torna o seu desempenho mais surpreendente. Apenas os bancos dianteiros, com estrutura em fibra de carbono, são 45 kg mais leves. As rodas de 20 polegadas economizaram 10 kg no total, enquanto os freios carbono-cerâmicos respondem por outros 20 kg a menos.
Em relação aos Continental tradicionais, o bólido também recebeu uma transmissão diferenciada. O câmbio automático sequencial de seis marchas realiza as trocas na metade do tempo e permite a redução de até duas marchas a cada passagem. A tração é integral, mas com distribuição de 60% da força para o eixo traseiro, o que implica em saídas de traseira mais pronunciadas, ao gosto dos que preferem controlar a trajetória com o pedal do acelerador.
A aderência é auxiliada pelos largos pneus Pirelli 275/35 e pela suspensão com ajuste esportivo e amortecimento eletrônico. O conjunto é 1 centímetro mais baixo na dianteira e 1,5 cm a menos na traseira. Até mesmo o acabamento foi pensado para um melhor compromisso esportivo. O revestimento em Alcântara, uma espécie de couro acamurçado, permite uma melhor aderência das mãos no volante em situações exigentes.
Com o novo modelo, toda a gama Continental passa a ser formada por carros flexíveis em combustível. O preço ainda não foi revelado. O cupê sai por 163 mil libras esterlinas na Inglaterra, o equivalente a R$ 478 mil. Mas, se for importado pela representante da marca no Brasil, a British Cars, o Continental Supersports conversível não sairá por menos de R$ 1 milhão.