A Be8, empresa produtora de biodiesel e energias renováveis, lançou nesta semana um novo biocombustível alternativo para motores a diesel, o BeVant. Com investimento de R$ 80 milhões em pesquisa, a empresa tem como objetivo fornecer o novo combustível ao país em até um ano. A ideia surge como uma alternativa aos altos índices de poluição agravados pela queima dos combustíveis fósseis no país.
Segundo a marca responsável pelo novo biocombustível, apesar dele ser produzido a partir das mesmas matérias-primas do biodiesel e HVO – combustíveis alternativos ao diesel – o BeVant tem processo produtivo diferente e características superiores às do biodiesel. Por isso, o biocombustível Be8 deve chegar ao mercado com preço 10% superior ao do biodiesel, mas ainda sim, pela metade do preço do HVO, conhecido como diesel verde.
Quais os benefícios do novo biocombustível?
Segundo a Be8, o BeVant é uma boa alternativa para reduzir as emissões de poluentes na atmosfera. Isso porque o novo biocombustível reduz em até 50% as emissões de monóxido de carbono (CO), até 85% a emissão de partículas e em até 90% a fumaça preta emitida pelos veículos. Também foi medido o teor de enxofre e contaminantes que ficou inferior a 2mg/l, em ambos os casos.
Outro benefício é que, segundo o presidente da Be8, Erasmo Carlos Battistella, o BeVant é uma solução imediata, que não depende de investimento em infraestrutura, já que pode ser produzido em usinas brasileiras com tecnologia pré-existente, além de não exigir renovação da motorização da frota para o seu uso, como no caso do hidrogênio, biometano e dos veículos elétricos. Sendo assim, o combustível se torna uma solução mais rápida e acessível para o mercado brasileiro.
Além disso, segundo a Be8, o novo biocombustível pode ser usado em qualquer motor a diesel de veículos pesados, geradores ou máquinas agrícolas, tanto puro quanto misturado ao diesel comum , sendo assim comercialmente mais competitivo que o HVO.
Inicialmente, a produção do BeVant será feita na unidade de Passo Fundo (RS), com capacidade de 150 milhões de litros por ano. Se houver demanda, esta capacidade pode ser ampliada em outra usina da empresa, em Marialva (PR), afirma Battistella.
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