O topo de qualquer linha é sempre um modelo que se destaca em conteúdo e, geralmente, em desempenho em relação às opções inferiores. Quando se trata do automóvel mais sofisticado da BMW, essa realidade ganha ares ainda mais grandiosos. A marca bávara deu início a importação do 760Li, a versão mais cara da Série 7, que chega por R$ 630 mil e se destaca ainda pela motorização singular e pelo tamanho, com um entre-eixos 14 centímetros maior do que o da versão curta. São 5,21 metros de comprimento, contra 5,07 m da carroceria normal, com expressivos 3,21 metros de entre-eixos.
O porte avantajado se reflete na balança, com 2.250 kg de peso. Que parecem nada diante do que há sob o capô: um V12 de 5.972 cm³ que, com o reforço de dois turbocompressores e da injeção direta de combustível, despeja nas rodas traseiras 543 cv de potência a 5.250 rotações e massivos 76,4 kgfm de torque a partir de 1.500 giros. Conjugado a um câmbio automático de oito marchas, introduzido na BMW pelo modelo, o 760Li dispara da imobilidade aos 100 km/h em 4,6 segundos, com uma velocidade máxima que só não passa dos 250 km/h em razão de um castrador limitador eletrônico.
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A suspensão possui amortecimento eletrônico, variável de acordo com o modo de funcionamento: normal, conforto ou esporte. A tração traseira não é tão ameaçadora quanto se poderia supor em razão do haras criado pelo motor, graças à utilização de um sistema ativo de direção que atua nas quatro rodas, esterçando em até 3º as rodas traseiras. Em baixas velocidades, de até 60 km/h, o recurso diminui o diâmetro de viragem, o que facilita as coisas para um carro com mais de 5 metros de comprimento. Em curvas de alta, o dispositivo facilita a tarefa de manter o grande três volumes na trajetória projetada.
Conforto de primeira classe
Caso o proprietário decline do privilégio de se acomodar atrás do volante desta máquina, o entre-eixos alongado e um boa dose de tecnologia de ponta se encarregam de fazer qualquer um se sentir tão a vontade nos bancos traseiros quanto nos dianteiros. A começar pelos ajustes elétricos dos bancos (com ventilador e massageador elétricos) que, junto com a suspensão a ar e o ar-condicionado com quatro zonas de ajuste, deve proporcionar uma atmosfera ainda mais isolada, em meio ao onipresente revestimento de couro e detalhes em madeira. Nem mesmo as portas dão trabalho, com um mecanismo que fecha elas com suavidade.
Em segurança, o carro conta com toda a sopa de letras que denominam as salvaguardas eletrônicas: ESP, controle eletrônico de estabilidade, DTC, controle de tração dinâmico, CBC, controle de frenagens em curvas e ABS, sistema antibloqueio dos freios. O lado passivo, que minimiza os danos de uma batida, é assegurado por oito airbags: frontais, laterais, do tipo cortina e para os joelhos dos ocupantes frontais. Ainda há equipamentos típicos dos grandes sedãs alemães, como visão noturna e câmeras nas extremidades do carro, perfeitas para se virar um cruzamento sem correr o risco de danificar esse patrimônio.