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Bridgestone demite 600 funcionários e encerra produção para carros em SP; entenda motivo

A fábrica da marca em Santo André, ABC paulista, teve operações reduzidas

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A marca japonesas de pneus reduziu operações em São Paulo
A marca japonesas de pneus reduziu operações em São Paulo Foto: A marca japonesas de pneus reduziu operações em São Paulo

A fábrica da Bridgestone de Santo André, no ABC paulista, acaba de passar por um grande corte: a empresa anunciou a demissão de 600 dos 3.400 funcionários que trabalhavam na planta e o encerramento, no local, da produção de pneus para carros de passeio. 

Segundo a Brisgestone, a medida, que será adotada até o final deste ano, tem objetivo de concentrar na fábrica apenas os pneus para caminhões, tratores e off-road, além das molas pneumáticas Firestone Airide.

Ao mesmo tempo, a decisão também é estratégica, baseada em interesses mercadológicos:

"Esta decisão é parte de um processo contínuo de avaliação do negócio e do mercado, para assegurar a competitividade da companhia e determinar a melhor alocação de recursos, otimizando o portfólio, processos e cultura para seguir servindo às necessidades do consumidor e mercado.”

Bridgestone, por meio de nota

No que diz respeitos às demissões, a Bridgestone afirmou que trabalhará em parceria com "o sindicato e seus empregados" para amenizar o impacto dos cortes.

Além disso, com a mudança, a produção de pneu para carros de passeio e caminhonetes acontecerá apenas na fábrica Bridgestone de Camaçari (BA).

Além da Bridgestone, outras fábrica do ABC também reduziram as operações

O ABC paulista é uma região do estado de São Paulo marcada por um considerável protagonismo da indústria automobilística. No entanto, no últimos anos e meses, o que tem sido observado no local são cortes e recessões.

Além da fábrica da Brisdgestone, a da Ford, em São Bernardo do Campo, foi desativada em 2019 e a da Toyota do mesmo local, em 2021.

No mês passado, a Mercedes também anunciou férias coletivas a seus funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo. A medida estava ligada ao atual contexto de escassez de semicondutores e queda das vendas de automóveis.

Também fora do ABC, nos últimos meses, foram verificadas diversas interrupções nas linhas de produções de montadoras, como a Stellantis, Hyundai e GM. Assim como no caso da Mercedes, essas paralisações foram motivados pela crise do setor (preços dos carros em alta e vendas em queda).