Pela primeira vez na história, a participação de mercado dos carros 100% elétricos (que passou de 10,7% para 15,1%) superou a dos carros a diesel (13,4%), na Europa. O mercado, que passou por maus bocados nos últimos três anos, volta a respirar e tem evoluído na aceitação dos elétricos. À exceção da Hungria, todos os mercados da União Europeia têm crescido, incluindo os quatro maiores: Espanha (+24%), Itália (+22,8%), França (+15,3%) e Alemanha (+12,8%).
Segundo dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), no primeiro semestre de 2023, os emplacamentos de veículos novos atingiram um total de 5,4 milhões de unidades, o que configura um aumento de 17,9% em relação ao mesmo período de 2022. Apesar de serem dados positivos, os números atuais ainda são 21% menores que antes da pandemia (2019).
Ainda sobre o mercado e a chegada dos elétricos
Os carros a gasolina continuam com a maior participação no mercado, que gira em torno de 36,3%. Já os híbridos continuam sendo a segunda escolha mais popular entre os compradores de carros novos, chegando a uma participação de 24,3%. Porém, a participação dos elétricos chamou atenção.
Isso por que, a participação dos carros elétricos ficou em 15,1%, superando, pela primeira vez, os carros a diesel, que constituem 13,4% do mercado europeu como um todo. Em junho, houve um aumento de 66,2% nas vendas de carros elétricos na União Europeia, em comparação com o mesmo mês do ano passado, atingindo 158.252 unidades.
Em geral, os elétricos registraram aumentos consideráveis em países como a Holanda (+90,1%), Alemanha (+64,4%) e França (+52%). Com isso, os carros elétricos tiveram um acréscimo significativo de 53,8% de janeiro a junho deste ano. O aumento em relação ao ano passado totalizou 703.586 unidades vendidas em seis meses de 2023.
Além dos carros elétricos, os carros a combustão também cresceram neste período, ultrapassando dois milhões de unidades vendidas, o que representa um notável aumento de 15,9% frente ao primeiro semestre de 2022. Por outro lado, o mercado dos automóveis a óleo diesel, condenado a uma lenta extinção, caiu em 9,4% em junho, comparado ao mesmo mês do ano passado, apesar do crescimento pontual nos mercados da Europa Central, especialmente na Romênia (+22,4%).
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