A frota brasileira está com a idade bastante avançada. Segundo levantamento divulgado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), a idade média dos veículos em circulação no país chegou a 10 anos e 7 meses em 2022. Porém, surpreendentemente, esse número é mais baixo que nos Estados Unidos: por lá, os carros estão ainda mais velhos, com uma média de 12,5 anos.
O levantamento, divulgado pela S&P Global Mobility, revela ainda que a idade da frota estadunidense vem avançando sucessivamente nas duas últimas décadas. Em 2015, por exemplo, era de 11 anos e meio. Uma curiosidade é que, naquele país, os carros de passeio são mais velhos que os modelos utilitários e comerciais leves: os primeiros têm, em média, 13,6 anos, enquanto os segundos alcançam 11,8 anos.
No Brasil, ocorre fenômeno semelhante, já que a frota circulante está em franco envelhecimento. Para se ter uma ideia, em 2021, a pesquisa do Sindipeças apontava uma idade média de 10 anos e 3 meses. Já em 2014, esse número chegava a apenas, 8 anos e meio.
Em ambos os países, a razão para o avanço da idade da frota é, grosso modo, o mesmo: a perda do poder de compra do consumidor. Nos últimos anos, a inflação elevou os preços dos produtos, ao passo que os salários não acompanharam tal alta. Consequentemente, as pessoas têm mantido os próprios carros velhos por mais tempo, ou substituindo-os por usados, em vez de novos.
Nos Estados Unidos, há um fator adicional nessa equação: o banimento dos veículos a combustão. Alguns Estados daquele país já marcaram data para proibir a venda de automóveis zero-quilômetro que não sejam elétricos. Na Califórnia, por exemplo, isso ocorrerá em 2035. Como esses modelos são bem mais caros que os convencionais, os carros em circulação tendem a se tornar ainda mais velhos.
Problemas dos carros velhos
No Brasil, o Sindipeças alerta que uma frota envelhecida polui mais, além de apresentar maiores índices de acidentes e de problemas mecânicos, nesses casos devido à falta de manutenção.
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