No próximo dia 25, o governo federal deve anunciar um pacote de incentivo ao setor automobilístico. Caso essas medidas realmente sejam concedidas, o consumidor brasileiro pode ter, novamente, a possibilidade de adquirir os chamados carros populares, com preços mais em conta. Vale lembrar que, atualmente, Fiat Mobi e Renault Kwid, que são os modelos mais acessíveis do país, partem de R$ 70 mil.
Carros populares que deixaram saudade e deveriam ressurgir
Enquanto não acontece o anúncio dessas possíveis medidas, o VRUM aproveita para relembrar 5 carros populares do passado que, agora, bem que poderiam ressurgir. Nesse ponto, cabe ressaltar que nenhum desses veículos deve voltar a ser fabricado: o listão é somente um exercício de memória sobre esses modelos, que deixaram saudade em milhões de motoristas. Confira!
1- Fiat Mille
O "fundador" do segmento de carros populares não poderia ficar fora do listão. Sim, é o Uno "raiz", de primeira geração, que ganhou a versão Mille em 1990: foi justamente naquele ano que o governo federal reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis equipados com motores até 1.0.
A Fiat agiu rápido e, tomando por base o motor 1.050 que havia equipado o hatch 147, conseguiu enquadrar o Uno nessa então nova categoria fiscal. Foi a primeira fabricante instalada no país a lançar um veículo com tais características. Ele caiu no gosto dos consumidores e até hoje tem boa aceitação no mercado, graças à economia de combustível, ao bom aproveitamento de espaço e à robustez.
2- Chevrolet Corsa
Na sequência do Fiat Uno, vieram vários outros carros populares. Porém, o primeiro a chacoalhar a categoria foi o Chevrolet Corsa. Isso, graças ao ótimo acabamento interno e à oferta de equipamentos até então restritos a modelos de luxo, como ar-condicionado e direção hidráulica. Além do mais, o motor 1.0 vinha com injeção eletrônica de combustível, uma primazia nesse segmento.
Outro trunfo do Corsa era o projeto moderno: o modelo começou a ser produzido no Brasil em 1994, cerca de um ano após o lançamento na Europa. O próprio Fiat Uno, então, já tinha uma década de existência. O design torcia pescoços nas ruas, e logo formaram-se filas de espera nas concessionárias. O modelo chegou a ter uma nova geração, em 2002, mas não causou o mesmo impacto no mercado.
3- Ford Ka
De todas as gerações que o Ford Ka teve no Brasil, a primeira foi a mais marcante. Isso se deve, principalmente, ao design criativo: nem todo mundo acha a aparência bonita, mas não há como negar que ele foge do lugar comum. Outro diferencial era o porte, menor que o dos demais veículos compactos da época, o que reforçava a proposta de uso urbano.
Soma-se a essa fórmula uma ótima dirigibilidade, proporcionada pelos engates precisos do câmbio e pela suspensão muito bem-acertada. Atualmente, a volta do Ka ou de quaisquer outros carros populares da Ford parece impensável, já que a multinacional desativou todas as fábricas que possuía no Brasil. Mas não custa sonhar, certo?
4- Volkswagen Fusca
Precursor dos carros populares, o Fusca sempre teve fama de acessível, tanto na aquisição quanto na manutenção. E isso não aconteceu somente no Brasil: o modelo motorizou famílias praticamente no mundo todo. A produção somou, em âmbito global, nada menos do que 21,5 milhões de unidades: desse total, cerca de 3,3 milhões são nacionais.
No Brasil, o Fusca foi produzido durante nada menos do que 30 anos. Uma curiosidade é que o modelo estava fora de linha desde 1986 quando o o governo federal, em meados da década de 1990, começou a incentivar os carros populares. Consta que o então presidente Itamar Franco solicitou pessoalmente à Volkswagen que retomasse a fabricação do modelo, o que acabou ocorrendo entre 1993 e 1996.
5- Gurgel Supermini
Já que é para sonhar, que seja com uma fabricante legitimamente brasileira e especializada em modelos urbanos e acessíveis, certo? A Gurgel produziu diferentes microcarros no Brasil, sendo que o último e mais evoluído deles foi o Supermini. O projeto, grosso modo, era uma evolução do antecessor BR-800, que tinha proposta semelhante, porém exibia menos refinamento.
O motor nem chegava a ser 1.0: tinha nada menos que 792cm³ e apenas dois cilindros. O Supermini acabou durando pouco e entrou para a história junto com a própria Gurgel, em 1994. Mas, apesar do final melancólico, o modelo representou a materialização do maior desejo do fundador da empresa, João do Amaral Gurgel: produzir carros econômicos e populares com tecnologia brasileira.
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