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Caso do Fox foi levado a Lula em junho de 2006

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Problema acontece quando o banco traseiro está rebatido. Para voltá-lo à posição normal, é necessário puxar uma alça, que as vezes fica escondida. Por causa disso, os proprietários puxaram o assento pela argola que prende a alça

(Agência Estado)

O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, sabia do problema envolvendo o modelo Fox da Volkswagen, desde julho de 2006. A entidade investigava o caso a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que naquele ano recebeu carta do químico Gustavo Funada, provavelmente a primeira pessoa a ter parte do dedo decepado no sistema do banco traseiro, usado para ampliar o espaço do porta-malas.

Você acha que a Volkswagen deve ser punida?

Detalhe para a argola que prendeu o dedo dos proprietários


Na semana passada, com a publicidade que o caso passou a ter, o DPDC abriu investigação contra a Volkswagen por suspeita de descumprimento do Código de Defesa do Consumidor, que determina a realização de recall (convocação dos proprietários) quando há defeito que põe o consumidor em risco. A montadora tem até sexta-feira para apresentar defesa.

O DPDC não pode tratar de casos individuais, mas continuou acompanhando o processo, sem no entanto dar publicidade ao problema. "Não podíamos adotar medidas em cima de indícios", diz a coordenadora-geral de assuntos jurídicos do DPDC, Maria Beatriz Corrêa Salles. "A definição sobre se é um caso individual ou de risco coletivo não é simples, e qualquer atitude que tomássemos teria conseqüências." Atualmente, há relatos de oito casos de pessoas que tiveram parte dos dedos decepados e pelo menos outras 14 que tiveram ferimentos.

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