O Chevette não chega a ser um Opala (só pra irritar!), mas é um carro muito querido por quem ainda gosta de acelerar. Um dos motivos é a tração traseira, característica que foi ficando rara ao longo dos anos, sendo atribuída aos esportivos. Já a falta de potência original levou à instalação de turbocompressores ou até mesmo outros motores, como o clássico CheVectra. Mas, ainda tem quem goste do modelo original e que fez história no Brasil.
O Chevette foi lançado em 1973, completando agora 50 anos e tendo chegado junto com modelos como o Volkswagen Brasília, Ford Maverick e o Dodjinho (confira 5 carros lançados em 1973). O sedan ganhou as mesma linhas da quarta geração do Opel Kadett europeu, só que com o detalhe de ter sido lançado por aqui com meses de antecedência em relação ao Velho Continente.
Chevette Tubarão
Apelidada de Tubarão, essa primeira carroceria é a mais emblemática do Chevette. O sedan tinha faróis circulares emoldurados, luzes de direção localizadas abaixo do para choque, grade com lâminas finas e lanternas retangulares. As colunas C traziam uma grade, sendo a direita o acesso para o bocal do tanque de combustível, localizado atrás do banco traseiro.
O motor que empurrava o Chevette era um 1.4, com potência de 68cv brutos, câmbio de quatro marchas e tração traseira, que assegurava um ótimo diâmetro de giro. Freios dianteiros a disco eram um opcional. As dimensões do compacto eram 4,12 metros de comprimento, 1,57m de largura, 1,32m de altura e 2,39m de entre-eixos. O veículo pesava 880 quilos.
Uma versão marcante chegou em 1975, a esportivada GP, com faixas pretas no capô, laterais e na tampa do porta malas, faróis de neblina. Porém, sob o capô o Chevette "esportivo" trazia o mesmo motor. Dois anos depois a Chevrolet faria outra tentativa com o GP II, mas novamente sem muito sucesso.
Chevette hatch, perua e caminhonete
O Chevette ganhou a primeira reestilização em 1978. O veículo adotou uma grade bipartida, vincos no capô e novo desenho interno da lanterna, mas mantendo o mesmo formato. No ano seguinte o modelo finalmente ganhou uma família. Além disso, o sedan passou a ter a opção de carroceria quatro portas.
Já o Chevette hatch trazia a praticidade de uma ampla abertura do porta malas, além dos bancos rebatíveis. Para quem precisava de espaço sem abrir mão do banco traseiro, o ideal era a perua Marajó. Para completar a família, a picape Chevy 500 só entrou na história em 1984.
Reestilização, motor a álcool e uma versão esportiva
Ano a ano a Chevrolet lançava uma novidade para manter o Chevette interessante para o mercado. Em 1980 o modelo ganhou uma lanterna bem maior e para-choques mais largos, com aplique de plástico. Nesse ano passou-se a ter a opção do motor 1.4 a álcool, com 69cv brutos.
No ano seguinte o Chevette adotou faróis quadrados. Também em 1981 foi lançada a versão esportiva do hatch, denominada S/R, com motor 1.6 a gasolina (76cv líquidos), faróis de neblina, aerofólio, faixas em degradê e forração quadriculada nos bancos.
Uma reestilização mais abrangente, a segunda na história do modelo, viria em 1983. O veículos ganhou faróis retangulares, grade inteiriça, frisos laterais em plástico, lanternas retangulares, capô e tampa traseira mais planos. Nas laterais, a novidade era a incorporação de quebra ventos. O motor 1.6, agora com opção a álcool (72cv líquidos), equipava toda a linha. Em 1985 o modelo passou a ter como opcional o câmbio automático. O Chevette passaria por discretas alterações, lanternas maiores, nova grade e para choques, em 1987.
Fim de linha para o compacto
Ainda em 1987 a carroceria hatch e o sedan de quatro portas deixaram de ser produzidos. Em 1988 a linha adotou o motor 1.6/S, um pouco mais nervoso (81cv com álcool ou 73cv com gasolina), com carburador de corpo duplo. No ano seguinte a fabricação da Marajó foi encerrada.
O malfadado Chevette Junior, com motor 1.0 de 50cv e acabamento simplificado, chegou ao mercado em 1992. No ano seguinte a Chevrolet fez outra tentativa de tornar o modelo popular lançando a versão L, com acabamento simples e o motor 1.6. Porém ainda em 1993 o sedan de duas portas saiu de linha, restando apenas a Chevy para contar história, que “subiria no telhado” apenas dois anos depois.
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