Olhando para os novos Chrysler 300 e Jeep Grand Cherokee, nota-se que os modelos estão mais refinados do que antes, com contornos mais suaves. Uma impressão que não corresponde à realidade, como bem provam as versões esportivas SRT8, que chegaram aos dois modelos no Salão de Nova York, que vai até o próximo dia 1 de maio.
Ambos chegam com o mesmo motor Pentastar Hemi 6.4, bem mais potente que o antigo 6.1 da geração anterior. Agora são 472 cv de potência, 40 cv a mais, e 64,3 kgfm de torque. Nas unidades de medida norte-americanas, o motor gera 465 hp e 465 libras/pés de torque, um capricho que talvez tenha dado um pouco de trabalho nos ajustes finais.
Em nome da comodidade - e suavidade -, o câmbio é um automático de cinco marchas. A Chrysler aplacou parte das críticas em relação ao uso de uma caixa defasada em número de marchas com a oferta de trocas sequenciais por borboletas ao volante. De qualquer forma, a força é tamanha que o número de velocidades parece adequado.
Especialmente quando se vê que, mesmo com pesos-pesados como estes, é possível ir aos 100 km/h em 4,8 segundos no Jeep. A Chrysler apenas diz que o 300 SRT8 é capaz de fazer o mesmo em menos de cinco segundos. A velocidade máxima está limitada aos 250 km/h, patamar de autobahn. O que faz do Grand Cherokee SRT8 o mais rápido Jeep da história. Deve ter sido o sangue alemão, da época da união com a Daimler, que também influenciou a arquitetura com suspensões independentes.
A culpa do oito cilindros é afastada em parte pelo sistema de desativamento de cilindros, que permite ao motor funcionar com apenas quatro cilindros em situação de baixa demanda de força. Segundo a Chrysler, o sistema está mais sofisticado e agora funciona em uma banda maior de rotações. Para ajudá-lo nas arrancadas e curvas, o Jeep manteve a tração integral. Uma prova que os V8 estão longe de ficar calados nos Estados Unidos.