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Fumar cigarro eletrônico é 22 vezes mais tóxico dentro do carro; entenda

Conclusão foi apresentada após um estudo realizado por pesquisadores norte-americanos

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Em ambientes fechados e pequenos, como nos carros, o vape é mais nocivo à saúde
Em ambientes fechados e pequenos, como nos carros, o vape é mais nocivo à saúde Foto: Em ambientes fechados e pequenos, como nos carros, o vape é mais nocivo à saúde

Nos últimos anos, o cigarro eletrônico ganhou bastante fama entre as pessoas, especialmente os jovens. Por ser mais “agradável” de fumar que o cigarro tradicional - já que não precisa de fogo e ainda é saborizado -, o vape, como é popularmente conhecido, foi, por muito tempo, comercializado sob um marketing que o colocava como uma alternativa menos nociva à saúde do que os outros cigarros. Porém, isso não é verdade. E pior: se fumado dentro do carro, o vape é ainda mais perigoso.

Sim, para os fumantes que gostam de utilizar o cigarro eletrônico enquanto dirigem, uma vez que a opção, em tese, é mais prática e "higiênica", a verdade é que eles estão se intoxicando cerca de 22 vezes mais do que fumando o aparelho fora do veículo.

Foi isso o que mostrou uma pesquisa americana liderada por pesquisadores de universidades da Vírginia e Carolina do Norte, nos Estados Unidos. O estudo foi publicado na revista Drug and Alcohol Dependence em 7 de julho.

Mas, afinal, por que o vape é mais perigoso quando utilizado dentro do carro?

Conforme mostrou a pesquisa, o cigarro eletrônico, quando fumado dentro de ambientes pequenos e fechados, como o carro, é mais nocivo à saúde, pois 22 duas vezes mais toxinas microscópicas, o material particulado (PM2,5), são liberadas einaladas pelo consumidor.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores convidaram 60 usuários assíduos de cigarros eletrônicos, com média de idade de 20 anos, a usar os vape dentro do carro durante um período de 30 minutos. Nesse intervalo de tempo, os participantes deram 10 tragadas direcionadas (ou seja, uma sessão dirigida com uma tragada a cada 30 segundos por 5 minutos) e, nos 25 minutos restantes, deram quantos tragadas quiseram.

Durante todo o experimento, os pesquisadores mediam o volume de matéria no ar, identificando a concentração de PM2,5. Ao final, o resultado foi: "as concentrações máximas médias de PM2,5 durante a sessão foram, aproximadamente, 22 vezes maiores do que os níveis basais antes de qualquer uso do cigarro eletrônico ter ocorrido". E como a contagem de inalações é diretamente relacionada às concentrações do material, os fumantes se "intoxicam" mais.

“Como o material particulado gerado pelo uso do vape está correlacionado com substâncias tóxicas nocivas produzidas pelo uso do dispositivo, aqueles que andam em veículos enquanto fumam estão expostos a altas concentrações de produtos químicos tóxicos gerados pelos cigarros eletrônicos”,

Estudo publicado na revista Drug and Alcohol Dependence.

Uma vez dentro do organismo, o material particulado (PM2,5) penetra nos pulmões e irrita todo o sistema respiratório, o que pode causar ou agravar a asma e bronquite, além de deixar a respiração ofegante.